Que a Música Popular Brasileira é um campo vasto de textos pródigos todos sabem. O que nem todos os seus ouvintes conhecem a fundo é a inserção do universo feminino nas letras e como esse punhado de reflexões pode ser trabalhado, de forma pedagógica, nas salas de aula.

Esse eixo que pretende ligar o conteúdo de músicas compostas e interpretadas por Chico Buarque, Erasmo Carlos, Rita Lee e Ataulfo Alves (entre outros) às atividades de professoras e professores será percorrido pela professora de História da rede pública Marli de Oliveira Carvalho, que fará uma palestra intitulada O feminino na educação traduzido pelo cancioneiro popular, em 30/5, no auditório Teotônio Vilela da Assembléia Legislativa, das 14h às 17h.

Pesquisadora de MPB e também escritora, Marli vem trabalhando há cerca de 28 anos os aspectos da cultura e da história brasileiras entre os seus alunos por meio da música. Entre as pautas importantes como a participação e inserção do índio, do negro e da mulher, esta última foi escolhida para basear sua palestra, na qual serão tratados os matizes historicamente mais presentes no universo feminino como o papel de esposa, de mãe e de professora, mesmo que outras funções tenham adentrado à contemporaneidade.

"Minha intenção é compartilhar essa metodologia com os colegas", relata a professora acerca do encontro desta sexta-feira. "Esse bate-papo proporciona o repensar do processo de ensino e de aprendizagem da História do Brasil e convida a refletir o feminino pela análise interpretativa na contextualização histórica da MPB", acrescenta.

Uma das metas da professora é também resgatar, via sua metodologia, o que ela chama de música antiga. Por certo, o catálogo musical nacional deve oferecer uma incontável gama de letras a esse respeito.



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