Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) avalia como sendo da maior importância a Pré-Conferência Nacional do Meio Ambiente da Baixada Santista, que acontecerá no sábado, das 9 às 19 horas, na sede da Universidade Paulista - Unip. O encontro foi convocado pelo Ibama e as inscrições para participar, gratuitas, poderão ser feitas até às 10h30 do mesmo dia.

"É a primeira vez que o Governo Federal convida a sociedade a participar de forma plena e discutir abertamente as questões ambientais que nos afligem. O encontro é aberto a todos os interessados, que terão direito a voz e voto", destaca a deputada Prandi, enfatizando o caráter democrático e inédito do evento.

As propostas aprovadas no âmbito regional serão levadas para a Conferência Estadual, que acontecerá nos dias 24, 25 e 26 de outubro, em Botucatu. A etapa seguinte será a Conferência Nacional, na qual serão definidas as teses que nortearão a edição de leis, resoluções e diretrizes.

Temas como Porto, Pesca, Meio Ambiente Urbano, Manguezais e Mata Atlântica terão destaque na pauta de discussão. "Nossa região foi duramente atingida, ao longo do anos, por poluentes de diversas origens, o que nos coloca entre os piores casos de degradação ambiental do mundo", enfatiza a deputada, lembrando que os organoclorados espalhados pela Rhodia em diversos depósitos clandestinos devem se manter no meio ambiente por 700 anos, segundo analistas. "Levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde classificou a contaminação causada pela Rhodia como um dos oito casos mais graves de desastre ecológico do mundo", acrescenta Prandi.

Ainda segundo a deputada, a Baixada Santista apresenta a maior incidência de câncer do Brasil, situação apontada por estudos como tendo relação com a questão ambiental. "Convivemos com problemas gravíssimos que precisam ser enfrentados. As pré-conferências nos permitem discuti-los, com a perspectiva de que venham a ser objeto de políticas federais", emenda.

"O meio ambiente não é uma fonte inesgotável de recursos, há nítidos sinais de esgotamento e todos os cidadãos devem se engajar na luta por um futuro sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental", acrescenta Maria Lúcia Prandi, para arrematar: "O modelo de crescimento e desenvolvimento econômico não pode perder de vista a preocupação com o equilíbrio ambiental e com a justiça social. Com a participação de todos, atingiremos esse objetivo".

mlprandi@al.sp.gov.br