Acervo Artístico

Sensível ao quotidiano que a circunda, Christina Hermes pinta o silêncio do ser humano
26/02/2004 16:01

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Emanuel von Lauenstein Massarani

A obra de arte, quando não é fruto de tecnicismo ou jogo cerebral, fecha dentro de si os elementos da personalidade do artista: conseguimos ler na pintura secretos estados de alma, momentos felizes ou infelizes, mas, sobretudo, características humanas do artista e sua vontade de comunicar o que dentro de si vinha se concretizando.

Os trabalhos de Christina Hermes nascem de uma temática única: a do ser humano de nossos tempos, em particular o homem obrigado a viver numa metrópole que o condiciona cada dia mais e o obriga a se adaptar.

A solidão interior, o imediatismo de execução, o ímpeto cromático são características que essa artista de instinto pinta num mundo no qual o silêncio parece representar o único dado de fato possível e receptível.

A vida dos campos, das fabricas, da cidade, compreendida em seu aberrante humor, é o tema preferido da pintora, que permanece sensível à motivação quotidiana que a circunda.

Assim, na obra Chuva iluminada, doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, Christina Hermes usa, ao mesmo tempo com desenvoltura e precisão, um desenho sintético e um cromatismo equilibrado num conteúdo formal.

Artista

Christina Hermes nasceu em São Paulo, em 1939. Formou-se em Administração de Empresas. Sua sensibilidade é voltada para as artes e vem dedicando-se à pintura, profissionalmente, desde 1981. Fez várias exposições individuais e coletivas, no Brasil e Exterior, participando de diversos salões de artes nacionais e internacionais.

Recebeu inúmeras medalhas: 11 de Ouro, 22 de Prata, 11 de Bronze, além de prêmios especiais. Foi membro de júri em vários salões de artes plásticas, citada no livro Os Vários Perfis da Arte Brasileira, de Ledy Mendes Gonzalez; no Anuário Brasileiro de Artes Plásticas CONSULTE (2002 e 2003); no Guia de Artes Plásticas, de Júlio Louzada, volumes 4 a 13; no Guide de L'Art Internacional Les Sermadiras (1999 e 2000), de Paris; no Arte Carioca, Art in Rio, Year, de Celso Bastos; no Anuário Artes & Artistas, Brasil (2000); no Anuário da Arte Brasileira, Vol. I, de Belo Horizonte, MG; na capa da revista ARS CVRANDI Vol. 28 (1995); na revista CONSULTE ARTE&DECORAÇÃO, nº 27 (2001), nº 28 (2002) e nº 32 (2003).

Recebeu orientação artística de pintura, desenho e serigrafia, de vários mestres, entre eles: Romanelli, Ney Tecídio, Maurício Porto e Bernardii. Suas obras fazem parte de coleções particulares, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, Canadá, África do Sul, Nigéria, Argentina, Espanha, Bélgica e Inglaterra.

Últimas exposições individuais: Greenwich Plaza, Greenwich; Varig's Icaro Room, New York, Estados Unidos (1991); Marly Faro Galeria de Arte, Rio de Janeiro, RJ (1993); Arte & Cia, Casa de Cultura Estácio de Sá, RJ (1998).

Últimas exposições coletivas: Galeria Art Vie, SP, e Espaço Reciclar, SP (1997); HC Gallery, RJ; Gaudi Luz & Arte, SP; Centro de Eventos, Espaço da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro; Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro; Oficina Aberta, Niterói, RJ; Fundação Escola Superior de Defensoria Pública, RJ (1998); Espaço de Arte Richelieu, Paris, França; "Mostra de Verão 2000", Nini Barontini Galeria de Arte, Curitiba, PR (2000) "7 Caminhos", Nini Barontini Galeria de Arte, Curitiba, PR; "Formas e Cores", EMERJ, Rio de Janeiro, RJ.

alesp