Por meio de várias iniciativas na Assembléia Legislativa, o deputado Edson Giriboni (PV) tem procurado resgatar a tradição tropeira no Estado. Uma dessas iniciativas, cujas providências correlatas já estão em andamento, é a solicitação de placas identificativas na Rota dos Tropeiros. Na semana passada, a equipe que realiza as identificações preliminares passou por Itapetininga. Outra providência é o Projeto de Lei 371/2008, que fixa em 22 de maio o Dia do Tropeiro.

Em sua justificativa, Edson Giriboni destacou que o tropeirismo propriamente dito teve início em 1733, com a abertura, por Cristóvão Pereira de Abreu, da Estrada da Serra, ligando o litoral ao planalto. Com isso, ampliou-se consideravelmente o fluxo de muares do sul para o centro do país. O mercado se organizou, criando-se em 1750 a Feira de Sorocaba, que se tornou o símbolo da divisão do trabalho na economia comercial tropeira, em Tropa Solta e Tropa Arreada.

Muitos paulistas, mineiros e paranaenses se incorporaram às atividades e ao comércio das tropas. Sorocaba começou a se desenvolver graças à feira anual. Surgiram povoados nos acampamentos de tropas e milhares de novos caminhos foram abertos pelos tropeiros, que assimilaram e espalharam pelo Centro-Sul a experiência campeira e os hábitos gauchescos. A cultura trazida do sul passou a ser influência complementar em outras localidades, como Lages, Curitibanos, Guarapuava, Sorocaba, Itapetininga, Sul de Minas, Mato Grosso etc. O ciclo do tropeirismo prolongou-se por todo o século 19, só arrefecendo com o advento dos transportes modernos.

Os tropeiros seguiam por antigos caminhos indígenas e por outros abertos pelas tropas de mulas e boiadas. Essas trilhas eram chamadas de Caminho das Tropas.



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