Walter Caldeira revela seu mundo através do gestual e de um grito interior

Emanuel von Lauenstein Massarani
17/10/2002 18:25

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Walter Caldeira consegue evidenciar, através da cor, um profundo conteúdo espiritual e estético. Trata-se de um gesto e quase um grito interior. Em sua recente produção artística, a cor se articula numa coerente estruturação de relações e de contrastes tonais. O artista tenta se exprimir cromaticamente através de uma linguagem moderna de modo a sintetizar os conteúdos psicológicos e existenciais da condição humana atual.

Paralelamente às expressões da arte informal encontramos força e vigor na implantação léxica e colorística emanadas de um autêntico sentimento estético. Aderindo totalmente a uma estrutura de composição, sua obra reflete um mundo interior claro e vivido de saldos convencimentos éticos e morais.

Reflexo desse estado de iluminação interior, o artista busca autenticidade e elimina todo elemento exterior, despojando-se de toda concessão estética ou descritiva, para alcançar uma pintura sempre mais livre e total.

Encaminhando-se corajosamente por esse itinerário tenaz e severo, sua obra obtém formas simples e claras, desenvolvendo um discurso pictórico, através de caminhos originais e de apropriados meios expressivos.

Suas obras, Explosão e Ruptura do Informal, em acrílico sobre tela, oferecidas - a primeira pelo Senhor Luiz Carlos Zopazzo e a segunda pelo próprio autor - ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, foram pintadas a uma distância de dez anos entre si. Ambas nos revelam um pintor convincente pela personalidade e pelo vigor estilístico.

O artista

Walter Caldeira nasceu em São Paulo, em 1960. Artista plástico e ilustrador, começou sua trajetória profissional no Colégio Santa Inês, como auxiliar de desenhista (1972). Lecionou em importantes entidades de ensino, tais como: Escola Panamericana, curso de Desenho Artístico (1989); EPA - Curso de Aerografia (1990).

Foi agraciado com diversas premiações entre as quais se destacam: Medalha de Prata, Centro Cultural da Consolação; Medalha de Ouro, Centro Cultural Praça Roosevelt; 1º lugar, Salão Itatiaia; Medalha de Prata, Centro Empresarial Alphaville; 1º lugar, Centro Cultural Aricanduva; Medalha de Prata, 13º Salão Vera Domini; Medalha de Ouro, Parque Piqueri; Menção Honrosa, 14º Salão Vera Domini; 2º lugar, Espaço Cultural Inaska.

Participou de numerosas exposições coletivas, ressaltando: Galeria Preste Maia (1975); SESI, Av. Paulista (1980); Centro Cultural Consolação (1987); Associação de Artistas Plásticos de Santo Amaro (1988); Centro Cultural Praça Roosevelt (1989); Museu de Arte de São Paulo (1989); Salão Itatiaia (2000); Casa da Fazenda de Morumbi (2000); Centro Empresarial de Alphaville (2000); Centro Cultural Aricanduva, Salão Primavera (2000); Galeria Brazilian Art, Dallas, Estados Unidos (2000); Galeria Mali Vila Boas, Drumond de Andrade (2001); Faculdade Maria Montessori (2001); 14º Salão Vera Domini (2001); Galeria Finarte, Saga dos Matizes (2001); Assembléia Legislativa, Drumond de Andrade (2001); Espaço Cultural Inaska, Encontro das Artes (2002); e Casa da Cultura Rainha Victoria (2002).

Organizou, também, exposições individuais no Centro Cultural Jabaquara (1985), Centro Empresarial (1987), Hotel Hilton (1990), Clube Pinheiros (1999), Biblioteca Amoroso de Lima (2000) e Tênis Club de Alphaville (2001).

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