DA REDAÇÃODe acordo com Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Indicador do Nível de Atividade (INA), que mede o desempenho da indústria paulista, subiu 2,1% em setembro se comparado com mês anterior. Na avaliação de Clarice Messer, diretora do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas da entidade, esse desempenho positivo é resultado do aumento das exportações e da substituição das importações.Para Clarice, "o dólar alto favorece a indústria de transformação, que funciona como um amortecedor para as áreas que vão mal". Mas ele adverte que a possível melhora no setor deverá refletir-se apenas a partir de janeiro, por isso a entidade mantém a previsão de queda de 1% no INA deste ano em relação ao do ano passado. De fato, no acumulado do ano até setembro, o indicador registra queda de 3% em relação a 2001.Boas expectativasSegundo os dados da Fiesp, entre os setores beneficiados pela alta do dólar estão a metalúrgica (alta de 4,1%), papel e papelão (2,1%), químico (2%) e mecânico. "O fim das incertezas eleitorais e a melhora das expectativas dos empresários podem fazer o crescimento da atividade se consolidar nos próximos dois meses", disse Clarice.A diretora da Fiesp explicou, ainda, que o único indicador de produção a não apresentar resultado positivo em relação a agosto foi o número de empregados, que teve queda de 0,2%. Mas houve recuperação dos rendimentos: os salários reais subiram 0,6%, descontada a inflação. As vendas reais cresceram 3,2% em comparação com o mês anterior e 5% em relação a setembro do ano passado. O nível de utilização da capacidade instalada atingiu 81,7%, ante 79,7% em setembro de 2001.Nas previsões da Fiesp, o Natal 2002 será razoável. "A indústria não tem tido desempenho muito positivo desde o início do ano, mas, a exemplo do que aconteceu nos últimos três anos, previu-se um Natal ruim e ele vai superar as expectativas".