A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) conduziu a discussão sobre a reforma do ensino médio, realizada nesta quinta-feira, 23/11, durante o horário destinado à Comissão de Educação. A deputada explicou que, com a aproximação do final do ano, existe a preocupação da comissão com relação à publicação de atos inesperados por parte das Secretaria da Educação no que tange à reforma do ensino médio.

Várias entidades do professorado paulista estavam representadas. A primeira a se manifestar foi a representante da Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Isabel Noronha. "Essa discussão foi tema de plebiscito entre a categoria e a nossa postura de ir contra a proposta da Secretaria da Educação e a de elaborar uma outra proposta", declarou Maria Isabel, lembrando que o currículo diversificado em esfera nacional e sua organização por área de conhecimento são dois itens preocupantes.

Luiz Gonzaga, representante da Udemo, disse que não é possível fazer adequação à reforma com a estrutura arcaica vigente nas escolas. "A questão salarial é crucial, além do fato de o professor não ser transferido com freqüência. Ele precisa criar raízes na escola e na sua comunidade", afirmou Gonzaga e completou: "A grande luta do magistério atualmente é obter estrutura para oferecer um ensino digno que possa melhorar, de fato, as condições de ascendência social dos alunos da rede pública."

A comissão poderá organizar novos debates sobre o assunto.