Estado e municípios podem dividir custos de instalação do Corpo de Bombeiros no Litoral Sul

Parlamentar vai apresentar emenda ao Orçamento Estadual para 2002 destinando recursos para implantação da unidade
03/09/2001 17:19

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DA ASSESSORIA

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) defende que os custos para implantação da unidade do Corpo de Bombeiros no Litoral Sul, estimados em R$ 650 mil, sejam divididos entre as cidades da região e o governo estadual. A proposta foi encaminhada por meio de ofícios aos prefeitos Orlando Bifulco Sobrinho (Itanhaém), Artur Parada Prócida (Mongaguá) e Gilson Bargieri (Peruíbe) e ao secretário estadual de Segurança Pública, Marco Vinício Petrelluzzi. Além disso, a parlamentar também irá apresentar emenda ao Orçamento Estadual para 2002, destinando recursos para implantação da unidade.

"Esta é uma reivindicação antiga da população das três cidades", afirma a deputada. "É preciso que haja vontade política e empenho na busca de uma solução que garanta aos cidadãos um atendimento mais rápido e eficiente." Prandi lembra ainda que a concretização dessa parceria implicaria um investimento de R$ 162.500,00 para cada uma das partes. "É um custo irrelevante diante da importância do serviço a ser criado", afirma a parlamentar, que também defende o debate da questão na próxima reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb).

Atendimento demorado

No documento encaminhado ao secretário de Segurança Pública, Prandi apresenta uma série de argumentos para justificar a necessidade de um maior empenho do governo estadual na implantação da unidade dos Bombeiros em Itanhaém, cidade escolhida por ficar no centro da região. Entre os pontos expostos, destaca-se o crescimento populacional dos três municípios, onde hoje já moram cerca de 160 mil pessoas. Este número e o fluxo de turistas devem crescer ainda mais com as duplicações das rodovias dos Imigrantes e Padre Manoel da Nóbrega. Diante disso, ficará impossível para o batalhão instalado em Praia Grande, atualmente responsável pelo atendimento das ocorrências nas três cidades, continuar prestando este serviço à comunidade.

Segundo Prandi, a demora no deslocamento impede que as viaturas cheguem a tempo nos locais das ocorrências. Na opinião da deputada, esse problema tende a se agravar a cada temporada de verão e feriado prolongado e vai-se tornar ainda maior com as duplicações das estradas. "Não se pode mais adiar uma solução, porque são vidas que estão sendo colocadas em risco", afirma.

A demora entre o recebimento da chamada e a chegada do atendimento a uma ocorrência nas cidades de Itanhaém, Mongaguá ou Peruíbe costuma variar de 20 minutos a uma hora. Recentemente, a demora causou a morte de um bombeiro, após acidente automobilístico na Padre Manoel da Nóbrega. Informações do próprio comando da Unidade de Praia Grande confirmam que as unidades de socorro levaram 25 minutos para chegar ao local do acidente.

alesp