Por seis votos a três, o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo voltou a expulsar de seus quadros o promotor Thales Ferri Schoedl, acusado de matar a tiros o estudante Diego Mendes Modanez, de 20 anos, e ferir gravemente seu colega Felipe Siqueira Cunha de Souza, então com 21 anos. A decisão foi tomada na terça-feira, 12/07.O crime, que teve repercussão nacional por sua futilidade, ocorreu na madrugada de 30/12/2004, na Riviera de São Lourenço, condomínio situado no município de Bertioga. As duas vítimas, segundo o promotor afastado, teriam feito gracejos à sua namorada, Mariana Ozores Bortoletti.Schoedl já havia sido expulso (ou considerado não-vitalício) em abril deste ano, também por seis votos a três. A decisão foi anulada em 22 junho pelo órgão especial do Ministério Público. A defesa do promotor consistiu no fato de que o procurador-geral de Justiça, Rodrigo César Rabello Pinho, estaria impedido de votar por ter assinado a denúncia contra o acusado."Espero que desta vez a sentença seja definitiva, para que o acusado possa ir a júri popular em Bertioga e o faroeste seja derrotado", comentou o 1º secretário da Assembléia Legislativa, deputado estadual Fausto Figueira (PT). O deputado, que acompanha o caso desde o início, é amigo e foi colega de trabalho do médico Wilson Pereira de Souza, pai do jovem Felipe Siqueira Cunha de Souza.A defesa do promotor afastado pode recorrer novamente ao órgão especial do Colégio de Procuradores, integrado por 42 membros. Se for mantida a expulsão, ele será julgado por júri popular, em Bertioga. Caso contrário, será julgado em fórum especial do Tribunal de Justiça. Conforme o presidente do Conselho do Ministério Público, procurador José de Arruda Silveira Filho, o órgão especial do Colégio de Procuradores deve decidir em até 30 dias se acata ou não a decisão do conselho.ffigueira@al.sp.gov.br