Ministério Público volta a afastar promotor que matou estudante em Bertioga


18/07/2005 17:45

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Por seis votos a três, o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo voltou a expulsar de seus quadros o promotor Thales Ferri Schoedl, acusado de matar a tiros o estudante Diego Mendes Modanez, de 20 anos, e ferir gravemente seu colega Felipe Siqueira Cunha de Souza, então com 21 anos. A decisão foi tomada na terça-feira, 12/07.

O crime, que teve repercussão nacional por sua futilidade, ocorreu na madrugada de 30/12/2004, na Riviera de São Lourenço, condomínio situado no município de Bertioga. As duas vítimas, segundo o promotor afastado, teriam feito gracejos à sua namorada, Mariana Ozores Bortoletti.

Schoedl já havia sido expulso (ou considerado não-vitalício) em abril deste ano, também por seis votos a três. A decisão foi anulada em 22 junho pelo órgão especial do Ministério Público. A defesa do promotor consistiu no fato de que o procurador-geral de Justiça, Rodrigo César Rabello Pinho, estaria impedido de votar por ter assinado a denúncia contra o acusado.

"Espero que desta vez a sentença seja definitiva, para que o acusado possa ir a júri popular em Bertioga e o faroeste seja derrotado", comentou o 1º secretário da Assembléia Legislativa, deputado estadual Fausto Figueira (PT). O deputado, que acompanha o caso desde o início, é amigo e foi colega de trabalho do médico Wilson Pereira de Souza, pai do jovem Felipe Siqueira Cunha de Souza.

A defesa do promotor afastado pode recorrer novamente ao órgão especial do Colégio de Procuradores, integrado por 42 membros. Se for mantida a expulsão, ele será julgado por júri popular, em Bertioga. Caso contrário, será julgado em fórum especial do Tribunal de Justiça. Conforme o presidente do Conselho do Ministério Público, procurador José de Arruda Silveira Filho, o órgão especial do Colégio de Procuradores deve decidir em até 30 dias se acata ou não a decisão do conselho.

ffigueira@al.sp.gov.br

alesp