Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado faz reunião em Barretos, neste sábado, 25/10

Na pauta, o Plano Plurianual e o desempenho da Região Administrativa de Barretos, a partir dos resultados do IPRS
24/10/2003 19:36

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O Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado, órgão da Assembléia Legislativa, de caráter permanente, criado em setembro de 2003, realiza reunião em Barretos, neste sábado, 25/10, das 9 às 13 horas, no Teatro do Grêmio Literário e Recreativo, na Av. Dezenove, 976 - Centro.

O Fórum pretende reunir propostas de longo prazo para o crescimento econômico paulista, em cenário que prevê a superação dos problemas macroeconômicos atuais, e realizará audiências regionais para discutir as fragilidades de cada região administrativa e coletar informações específicas nas diversas áreas do Estado, que possam auxiliar no seu desenvolvimento.

Uma de suas primeiras atividades inclui a discussão do Plano Plurianual 2004/2007 e a do novo Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). Encomendado à Fundação Seade pela Assembléia Legislativa, o IPRS é um sistema de indicadores socioeconômicos referentes a cada município do Estado, que deverá servir como indicativo para a implementação de políticas públicas. O Fórum resulta de uma parceria da Assembléia Legislativa com a Fundação Prefeito Faria Lima/Cepam e o Núcleo de Economia Social, Urbana e Regional (Nesur), da Unicamp.

Além da pecuária

Uma região heterogênea, pouco povoada e de economia também afinada com a citricultura



Situada ao norte do Estado de São Paulo, a Região Administrativa de Barretos envolve 19 municípios, onde vivem 395 mil pessoas. Distante 416 km da capital e a cerca de 100 km de centros urbanos como Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, é uma região pouco povoada. Apenas duas cidades superam a marca de 100 habitantes por quilômetro quadrado: Bebedouro (110,9) e Severínia (102,8). Barretos conta 66,1 hab/km2, enquanto que o município de Colômbia não ultrapassa 8,2 hab/km2. Na última década, a população local cresceu 1,13% ao ano ? ritmo inferior ao do crescimento vegetativo do Estado.

Com duas instituições particulares de ensino superior e algumas escolas técnicas de segundo grau, o município de Barretos (104 mil habitantes) é a sede da região e já foi conhecido por abrigar a maior concentração de abatedouros e frigoríficos do Estado. Ainda que atualmente continuem muito expressivas as atividades vinculadas à pecuária, de corte e leite, a economia local desenvolve-se em novas direções, como as lavouras de cana-de-açúcar e a indústria sucroalcooleira, e a produção e industrialização de suco de laranja. Ao lado de Bebedouro, Barretos é um dos mais importantes centros de produção e exportação de frutas cítricas.

Em municípios como Altair, Colômbia, Guaraci, Monte Azul Paulista e Severínia, quem mais emprega é a agropecuária. Já em lugares como Barretos, Bebedouro, Olímpia e Viradouro, o maior número de trabalhadores formais encontra-se no setor de serviços. Serviços também gerados pela agricultura que constitui ou atrai novos empreendimentos, como indústrias de fertilizantes, comércio de produtos agrícolas, prestação de serviços ligados à citricultura, ao desenvolvimento de lavouras orgânicas, à criação de gado e ao melhoramento genético. Registre-se, ainda, a tradicional ?Festa do Peão? que, desde 1965, atrai uma multidão de visitantes, incentivando diversos negócios na economia local.

Mesmo reunindo uma quantidade relativamente pequena de municípios, o IPRS 1997-2000 aponta heterogeneidade no desenvolvimento da Região Administrativa de Barretos. A configuração é bastante variada, as cidades estão distribuídas pelos cinco grupos de classificação. No agrupamento 1, com bons indicadores nas dimensões riqueza, longevidade e escolaridade, estão classificados quatro municípios; no 2, apenas um; no 3, em que se situam localidades com baixo nível de renda, mas bons resultados sociais, foram identificados cinco municípios. Nos grupos 4 e 5, que reúnem baixos níveis nas três dimensões estudadas, registram-se nove municípios.

O indicador agregado de riqueza revela que, a exemplo do conjunto do Estado, a RAB cresceu entre 1992 e 1997, decaindo no período recente. No quesito longevidade, a maior parte da região ampliou seus escores, mostrando-se crescente em todo o período analisado; só seis municípios regrediram e um manteve-se estável. Onde localidades estão em níveis superiores à média estadual.

Finalmente, na dimensão escolaridade o IPRS aponta que a região barretense elevou em 21 pontos seu resultado, e está situada em nível ligeiramente superior ao conjunto paulista. Com avanços significativos na cobertura dos ensinos fundamental e médio, parte considerável dos municípios ampliaram em mais de 20% a parcela da população jovem com o ensino fundamental completo. Quanto à participação da rede municipal na oferta de vagas do ensino fundamental, somente em nove municípios essa taxa é inferior à média estadual. Mas em cinco cidades ela chega a ser nula.

Mais informações sobre o Fórum e sobre o IPRS no site www.al.sp.gov.br - ícones IPRS e Fórum de Desenvolvimento

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