Por solicitação da deputada estadual Mariângela Duarte (PT), assessores de engenharia da Ferrovias Bandeirantes S.A. (Ferroban)estiveram em Cubatão nesta quarta-feira, 29/12, para vistoriar a ferrovialocalizada no núcleo residencial Vale Verde.Os engenheiros José Rinaldo Maniezo, Ciriney Garla, vindos da sede daempresa, em Campinas, e Castilho, responsável pela manutenção daferrovia, foram recepcionados na Secretaria Municipal de Meio Ambientepelo titular da pasta, José Perez Bezzi, e seu grupo de assessores técnicos; pela deputada Mariângela Duarte e pelos vereadores Sônio Célio e a recém eleita Márcia Rosa (PT), além da professora Sueli Machado, moradora do bairro.A área, que abriga cerca de 1.100 moradores, tem sofrido constantesinundações - tanto devido às enchentes do córrego Mãe Maria, provocadaspelo assoreamento e pelo trajeto natural do rio, extremamente sinuoso - necessitando, portanto, de desassoreamento permanente, de alinhamento decurso e de alargamento - quanto, acreditam os técnicos da SecretariaMunicipal do Meio Ambiente do Município de Cubatão, pelas manilhasexistentes sob o trilho da ferrovia, que já se tornaram precárias parasuportar o intenso fluxo de água.Segundo Maniezo, devido ao processo de zoneamento do bairro, iniciado há13 anos, o problema mais sério é a captação de água e adequação dosistema de drenagem de solo que, agora, com o bairro edificado, apresentamaior impermeabilização. Há 280 residências no núcleo e mais 150 em fasede construção e de acabamento.R$ 200 mil. Outro problema sério é o financeiro. Maniezo lembrou que,quando a Ferroban passou a ser a operadora (antes era a Fepasa) só haviaum bananal, constantemente alagado por ser o local uma bacia e, por isso,as manilhas comportavam perfeitamente o fluxo de água. A construção das casas, promovida pela Prefeitura, acarretou maior e insustentável volume de água. Maniezo defende que as obras solicitadas à Ferroban - necessárias, indubitavelmente, admite o engenheiro - devem, também, ser custeadas pelo município e interessados. Segundo Maniezo as despesas deverão ser de, no mínimo, cerca de 200 mil reais.Parceria. A deputada interveio lembrando que, do ponto de vista legal,ao se tornar concessionária nesse arrendamento (a empresa é só aoperadora, a União, a proprietária), a Ferroban deve assumir aresponsabilidade do passivo. Mariângela sugeriu, então, uma parceria daPrefeitura com a Ferroban, o que foi aceito pelas duas partes.Entretanto, a atual gestão da prefeitura está com o caixa a zero e,mesmo em parceria, não tem como iniciar a obra, admitiu Bezzi. O futuro secretário do meio ambiente de Cubatão, que assumirá na gestão do prefeito eleito Clermont Silveira Castor, a partir de 2001, foi convidado a participar da reunião para já ficar a par e/ou assumir os encaminhamentos, mas nenhum representante compareceu ao encontro.Em andamento. No entanto, mesmo em final de gestão, tendo em vista agravidade e urgência da questão o atual secretário está entregando àFerroban o projeto para a obra já com os pareceres do DEPRN(Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais, órgãosubordinado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente) e do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica, da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos e Obras). O engenheiro Ivaldo, projetista da Ferroban, será designado para dimensionar a estrutura do projeto da nova tubulação.Maniezo também solicitou dois estudos: o de previsibilidade máxima decrescimento de moradias no local e outro, onde se garanta que, por ser a regiãouma bacia (fato que naturalmente favorece alagamentos), a obra a serrealizada tenha a eficácia necessária e de longo prazo: 20 anos, arriscou.Emergencialmente. Uma vez que só o governo de Clermont poderá dar andamento à obra, o Cel. Bezzi, de imediato, assumiu o compromisso deconstruir, de imediato, um piscinão para captar a saturação de água, a fim deminimizar as enchentes; e, para adiantar os estudos, já estará entregando o projeto à Ferroban, uma vez que um processo de licitação para execução daobra deverá durar seis meses, no mínimo.A Ferroban, por sua vez, se encarregará da limpeza e desassoreamento do local, mas lembrou que a comunidade tem de colaborar não atirando mobiliárioe outros volumes no bueiro, o que agrava a situação.O Vale Verde fica no Km 60 da Rodovia Pedro Taques, na divisa com omunicípio de São Vicente. (Mais informações, ligue para o Gabinete da deputada Mariângela Duarte - 3886-6548/6553)