Responsabilidade Ambiental

OPINIÃO - Padre Afonso Lobato*
19/02/2004 17:00

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Acompanhando as notícias sobre o vazamento de óleo no rio Grande, que desemboca na belíssima praia de Guaecá, no litoral sul de São Sebastião, voltamos a questionar a responsabilidade ambiental em nosso Estado. O vazamento atingiu quase 5 quilômetros e, segundo a Petrobrás, sem comprometimento da praia. A empresa, entretanto, até o momento não apresentou uma explicação para o acidente que durou cerca de 6 horas, antes de ser denunciado por uma moradora do bairro

A Petrobrás reconheceu dificuldades para identificar o local do acidente, já que o vazamento foi subterrâneo. Os técnicos também tiveram dificuldades para descobrir qual dos dois oleodutos havia se rompido. Fica aqui, o questionamento sobre o planejamento da empresa. Como a Petrobrás toma medidas preventivas para evitar danos como esses em plena Área de Preservação Ambiental (APA)?

A empresa está investigando as prováveis causas e a Cetesb acompanha os resultados com poder de multa. Como deputado estadual do PV, lamento e repudio o acidente, lembrando que tal investigação deve ser transparente e técnica. À sociedade deve ser dado o direito de conhecer como a Petrobrás faz a manutenção em sua rede subterrânea e quais os mecanismos existentes para identificar prontamente ocorrências deste porte.

Respostas para estas perguntas deveriam ser de amplo conhecimento da sociedade, através de um sistema de comunicação mais intenso, que proporcionasse o conhecimento da política de responsabilidade ambiental da empresa.

De nossa parte, colocamo-nos à disposição das diversas entidades ambientalistas para traçarmos meios de controle e fiscalização mais transparente junto à Petrobrás. Afinal, constantemente se faz necessário cobrar e incentivar ações preservacionistas que garantam a sobrevivência do nosso já comprometido ecossistema, de forma sustentável e equilibrada.



(*) Padre Afonso Lobato é Deputado Estadual pelo PV

alesp