Acompanhando as notícias sobre o vazamento de óleo no rio Grande, que desemboca na belíssima praia de Guaecá, no litoral sul de São Sebastião, voltamos a questionar a responsabilidade ambiental em nosso Estado. O vazamento atingiu quase 5 quilômetros e, segundo a Petrobrás, sem comprometimento da praia. A empresa, entretanto, até o momento não apresentou uma explicação para o acidente que durou cerca de 6 horas, antes de ser denunciado por uma moradora do bairroA Petrobrás reconheceu dificuldades para identificar o local do acidente, já que o vazamento foi subterrâneo. Os técnicos também tiveram dificuldades para descobrir qual dos dois oleodutos havia se rompido. Fica aqui, o questionamento sobre o planejamento da empresa. Como a Petrobrás toma medidas preventivas para evitar danos como esses em plena Área de Preservação Ambiental (APA)?A empresa está investigando as prováveis causas e a Cetesb acompanha os resultados com poder de multa. Como deputado estadual do PV, lamento e repudio o acidente, lembrando que tal investigação deve ser transparente e técnica. À sociedade deve ser dado o direito de conhecer como a Petrobrás faz a manutenção em sua rede subterrânea e quais os mecanismos existentes para identificar prontamente ocorrências deste porte.Respostas para estas perguntas deveriam ser de amplo conhecimento da sociedade, através de um sistema de comunicação mais intenso, que proporcionasse o conhecimento da política de responsabilidade ambiental da empresa. De nossa parte, colocamo-nos à disposição das diversas entidades ambientalistas para traçarmos meios de controle e fiscalização mais transparente junto à Petrobrás. Afinal, constantemente se faz necessário cobrar e incentivar ações preservacionistas que garantam a sobrevivência do nosso já comprometido ecossistema, de forma sustentável e equilibrada. (*) Padre Afonso Lobato é Deputado Estadual pelo PV