Opinião - Competitividade: Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social do Oeste Paulista (10ª Região Administrativa)


18/05/2011 12:39

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Gabbrio Lucchi, ex-senador italiano, disse: "Cada vez mais a competição deixa de ser entre empresas para se tornar uma competição entre regiões."

A ideia básica da competitividade é que, uma vez competindo entre si, os atores envolvidos automaticamente estariam contribuindo para o progresso geral da sociedade " é um processo de intercâmbio, com os envolvidos nas transações, mutuamente beneficiados nas relações.

Instituir mecanismos para tornar a 10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo mais competitiva exige um trabalho em conjunto pela eficiência máxima e depende de ações estratégicas " é o governo, as universidades, as instituições de suporte (Sebrae, Senai, Senac etc), os sindicatos, as empresas e as instituições financeiras, pensando juntos e criando boas práticas de administração.

Inicialmente, a região necessita de investimentos constantes do governo a curto, médio e longo prazo. Para isso, é necessário inseri-la no programa de desenvolvimento instituído pela Lei nº 10.549/2000, com o objetivo de promover o equilíbrio econômico e social do Estado.

A implementação do programa só ocorre através da criação de fundos, por isso criei e protocolei o Projeto de Lei nº 447/2011 que autoriza o governo a criar o Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social do Oeste Paulista (10ª Região Administrativa).

A criação desse fundo é primordial e essencial para a inserção de nossa região nas metas direcionadas do governo, pois através dele poderão ser conseguidos repasses orçamentários originários do Programa de Desenvolvimento do Estado e recursos de entidades de desenvolvimento nacionais ou estrangeiras.

Com a implantação desse fundo, será possível incrementar a produção agrícola e agroindustrial, o turismo e o ecoturismo, a implantação de novos empreendimentos agrícolas, industriais e de serviços, a disponibilização de infraestrutura adequada, compreendendo o sistema viário e energético, assim, como, habitação, saúde e educação, especialmente, qualificação profissional.

Além de investimentos direcionados, é possível obter do governo uma política vigorosa para incentivo fiscal, com a equalização da taxa de juros para mais empresas se instalarem na região e taxas de juros zero, subsidiadas.

Em continuidade às ações, a região precisa desenvolver indicadores de competitividade do Oeste Paulista referentes às áreas de saúde, educação, cidadania e assistência social e segurança pública. Esses indicadores são usados como ferramentas estratégicas das prefeituras na elaboração de políticas públicas e servem também para analisar o desempenho das ações empreendidas pela administração, mostrar onde as ações estão dando certo e onde precisam ser melhoradas.

A partir dos dados compilados, a prefeitura irá elaborar o guia de investimento da 10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo, que será usado como parâmetro para atrair investidores para o municipio.

Para uma região ser competitiva, ela precisa ter a capacidade de criar condições para que as empresas produzam o maior bem-estar possível para seus cidadãos, através de ações pautadas pelo planejamento estratégico, levando em conta o que já existe, as suas diferenças, ou seja, conhecendo o seu perfil e suas vocações, mas acima de tudo com firmeza de propósito.



*Ed Thomas é Deputado Estadual, Líder na Assembléia Legislativa do PSB, Membro Efetivo da Comissão Permanente de Assuntos Metropolitanos e Municipais; da Comissão Permanente de Atividades Econômicas e da Comissão Permanente do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

alesp