Os membros da CPI do Narcotráfico da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, presidida pelo deputado Dimas Ramalho, iniciaram na manhã desta quinta-feira, 30/11, a oitiva de vários funcionários da Casa de Detenção com o objetivo de esclarecer a fuga de Milton Alves Figueiredo, conhecido como "Pateta". Condenado a cumprir pena até o ano 2018, o traficante saía rotineiramente para, segundo o que foi relatado, realizar pequenos serviços de manutenção em área externa ao presídio.

No depoimento de Antônio Agostinho Trigo, funcionário que exerce o cargo de "rondante noturno", e o primeiro a ser ouvido pela CPI, era comum o "Pateta" retornar ao presídio após as 20h, em muitos casos a permanência externa se estendia até as 21h30. Perguntado sobre os motivos que justificariam este privilégio, Trigo respondeu que desconhecia e que as saídas eram todas autorizadas pela direção da Casa.

Segundo informações do advogado do agente penitenciário Manuel Messias de Jesus, que fazia a escolta de "Pateta" quanto ele foi resgatado por outros marginais, o agente foi rendido sob a mira de metralhadora, sendo impossível esboçar qualquer tipo de reação.

Os depoimentos devem ser estender ao longo do dia, pois está prevista a oitiva de 13 funcionários.