Pirataria da água

PLENÁRIO
30/10/2003 17:40

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Com a forte estiagem que atinge o abastecimento da Grande São Paulo, consumidores residenciais, comerciais e a indústria têm recorrido ao fornecimento de água proveniente de poços artesianos. Água mais barata, porém com controle de proveniência extremamente deficiente -- esse tipo de comércio preocupa o deputado Waldir Agnello (PTB). Dados alarmantes, que vão da estimativa de que metade da frota de abastecimento de água não é sequer cadastrada , e chegam até mesmo a uma denúncia de que caminhões-pipa para limpeza de fossas de esgoto têm sido utilizados para entrega de água potável, levaram o deputado a pedir às autoridades reforço na fiscalização.

Segundo informou, enquanto a Sabesp tem taxas que aumentam progressivamente conforme a faixa de consumo, os preços cobrados pelos fornecedores clandestinos são mais baratos. Entretanto, além do conhecido problema ambiental provocado pela perfuração indiscriminada de poços artesianos, há também forte possibilidade de contaminação. "É inadmissível que um número grande de empresas clandestinas estejam fazendo uso indevido da água, enriquecendo e não contribuindo com a sociedade, prestando um desserviço ao povo", afirmou. "Essa verdadeira pirataria das águas prejudica o meio ambiente e põe em risco a saúde da população".

alesp