A Frente Parlamentar de Conscientização e Combate às Hepatites Virais foi lançada nesta terça-feira, 19/5, para conscientizar a população sobre esse mal silencioso " as hepatites virais não apresentam sintomas " cuja prevalência é 10 vezes maior que a AIDS e possui, no Brasil, 6 milhões de infectados. Os números apresentados pelo deputado Fernando Capez, coordenador da frente, impressionam: são 12 óbitos por dia causados pelas hepatites virais (A, B e C) no Brasil, o que levou Capez a pedir um minuto de silêncio ao público presente, na maioria composto por médicos especialistas. O primeiro orador do evento, Francisco Martucci, da ONG "C Tem que Saber, C Tem que Curar", falou da importância das portarias assinadas por Geraldo Alckmin que permitem o retratamento da hepatite C (nos demais Estados é feito apenas o tratamento com o interferon normal, enquanto em São Paulo, caso o paciente não responda ao interferon normal, é usado o interferon peguilado) e traz 64% dos portadores de todo o Brasil para fazerem tratamento em São Paulo. As hepatites virais têm cura, mas se não forem tratadas, podem evoluir para cirrose e câncer do fígado e podem ser transmitidas por relação sexual, utilização de instrumentos contaminados com sangue, como materiais de manicure, de pedicure, de barbeiro, de tatuagens, por perfurações de piercings ou acupuntura, compartilhando agulhas não descartáveis e até em dentista que não esteriliza corretamente os intrumentos. A doença é ainda transmitida durante o parto, se a mãe é portadora de hepatite B (cujo vírus sobrevive até sete dias numa gota de sangue fora do organismo). Durante o evento foi entregue o prêmio Fígado de Ouro para os profissionais que se destacaram no tratamento das hepatites virais. Participaram da mesa dos trabalhos o secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, os deputados Milton Flávio (PSDB) e Uebe Rezeck (PMDB), Eloísa Quintela, Iara de Souza, Givaldo Vieira, Gerusa Maria Figueiredo, Francisco Matucci e Carlos Varaldo.