Disque Dengue pode auxiliar no combate à doença


12/01/2009 15:48

Compartilhar:


De janeiro a outubro de 2008 foram registrados em São Paulo, segundo dados da Secretaria da Saúde, 7.165 casos de dengue. Em relação ao mesmo período de 2007, os números revelam uma queda acentuada, de cerca de 92%. Mesmo assim, não há trégua no combate à doença. O governo estadual promoveu, por exemplo, uma semana de combate à dengue no final de novembro passado, mobilizando cerca de 20 mil agentes para uma operação contra focos do Aedes aegypti (mosquito transmissor da doença) e de esclarecimento da população.

O Legislativo paulista também propõe iniciativas para evitar que a dengue ganhe fôlego no verão, período em que as ocorrências tendem a recrudescer. Uma delas é o Projeto de Lei 243/2008, do deputado Jorge Caruso (PMDB), que institui o serviço telefônico Disque Dengue. "O objetivo é estimular os cidadãos a contatar o serviço para sanar dúvidas e informar sobre a existência de focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti", afirma Caruso na justificativa do projeto. Segundo a proposta do PL, o Disque Dengue atenderia, através de ligações gratuitas e de forma ininterrupta.

Ao Poder Executivo caberia divulgar o Disque Dengue, veiculando anúncios publicitários em rádios, jornais, emissoras de tevê, terminais rodoviários, estações de trem e do metrô, aeroportos, parques públicos, hospitais, escolas e universidades.

"Faz parte ainda do serviço Disque Dengue a recepção de denúncias de novos casos da doença ou suspeitas da mesma, para posterior mapeamento e tomada de decisões pela Secretaria da Saúde", acrescenta o parlamentar, que relata, no texto que acompanha a propositura, casos de pessoas que encontram dificuldade para comunicar focos do Aedes aegypti, por não saberem qual o órgão adequado para o recebimento de denúncias.

O PL 243/2008 já tramitou pelas comissões de Constituição e Justiça e de Saúde e Higiene, nas quais foram aprovados pareceres favoráveis ao projeto. Atualmente, encontra-se sob a análise da Comissão de Finanças e Orçamento.





Box

Prevenção é a melhor maneira de combater a doença



O mosquito Aedes aegypti é oriundo da África e foi introduzido no Brasil no período colonial, pelos navios que traziam escravos. Através de sua picada é que se transmite o vírus da dengue, doença infecciosa que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do planeta.

Os sintomas da dengue são febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e nas costas; podem surgir manchas vermelhas no corpo. A febre dura cerca de cinco dias e em aproximadamente dez dias os sintomas desaparecem. A dengue hemorrágica é uma forma grave da doença. De início, os sintomas são os mesmos. Após o quinto dia, começam a ocorrer sangramento em vários órgãos, podendo levar a pessoa à morte.

Não existe tratamento para a dengue, apenas medidas para aliviar a ocorrência dos sintomas. É recomendada a ingestão abundante de líquidos (água, sucos, soros caseiros etc.) e o uso de dipirona ou paracetamol. Remédios à base de ácido acetil salicílico e anti-inflamatórios não podem ser utilizados, porque aumentam o risco de hemorragias.

Para evitar a dengue, a principal recomendação é combater focos de acúmulo de água, que são propícios para a criação do mosquito transmissor: não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

alesp