Da Tribuna


11/05/2010 19:12

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Reorganização de motoboys



Donisete Braga (PT) falou de sua expectativa por um entendimento no Colégio de Líderes para votação da PEC 300 e do projeto da Defensoria Pública nesta terça-feira, 11/5. O adiamento das votações, segundo o deputado, tem sido um processo desgastante para a Casa. Braga também lamentou a morte do motoboy Alexandre Menezes dos Santos, de 25 anos, e defendeu a categoria no Estado de São Paulo. De acordo com o parlamentar, os motoboys estão preocupados não apenas com os acidentes, mas também com a reorganização da categoria e a importância de se estabelecer uma grande discussão com as prefeituras. (NS)



Política de desvalorização



Carlos Giannazi (PSOL) fez um apelo aos líderes partidários para "sair da letargia e do sistema de improdutividade da Casa e votar os projetos que estão parados". De acordo com o parlamentar, o governo insiste em atacar os sevidores com uma política salarial de gratificações e bonificações que deteriora as carreiras. Giannazi citou o projeto recém aprovado de incorporação da Gratificação de Atividade por Magistério e o projeto de incorporação do Adicional Local de Exercício aos salários da polícia militar, ambos com incorporações parceladas."Esses projetos demonstram profunda desvalorização de todos os servidores públicos", declarou. (NS)



Falta de palavra



Olimpio Gomes (PDT) também declarou sua expectativa com a votação do PLC 13 e das emendas 33 e 34 nesta terça-feira, 11/5. "Espero que a Casa tome posição e assuma seu papel de Poder harmônico com o Executivo, mas também independente", afirmou. O deputado cobrou uma atitude dos parlamentares e maior compromisso do governo que, segundo ele, falta com a sua palavra. Gomes lamentou ainda a conduta do governador Alberto Goldman de afastar o tenente-coronel Gerson Lima de Miranda, comandamte do 22º Batalhão da PM, e do capitão Alexander Gomes Bento. "Foi uma atitude imprópria e antiética", declarou. (NS)



Pedofilia



Ed Thomas (PSB) falou a respeito dos trabalhos realizados na CPI da Pedofilia e de dois dados que, segundo ele, chocaram os membros da comissão. De acordo com o deputado, o Estado de São Paulo é o que menos denuncia o crime de pedofilia no país, e grande parte desses crimes é praticada por adolescentes. Thomas defendeu ainda a necessidade de punição para crimes comentidos por autoridades e a busca por soluções para melhoria na segurança que, segundo ele, pode ser realizada por meio do fortalecimento dos conselhos tutelares. (NS)



Punição de autoridades



Referindo-se à morte do motoboy Alexandre por policiais militares, José Candido (PT) defendeu a necessidade de punição severa. Segundo ele, todas as categorias possuem pessoas boas e pessoas mal intencionadas. "É um ato de crueldade, não é um ato de uma pessoa normal. Precisamos das autoridades para nossa proteção. Não dá para deixar impune", afirmou. O parlamentar defendeu ainda maior entrosamento das entidades em defesa dos direitos humanos para o fim da situação de violência no Estado. (NS)



Início às obras



Roberto Morais (PPS) comentou a visita que recebeu do chefe da Casa Civil com a autorização da licitação já publicada no Diário Oficial do Estado sobre a restauração do trecho da rodovia Hemínio Petrin (SP-308), que liga o município de Piracicaba a Charqueada. Segundo o deputado, "hoje são mais de três milhões de caminhões transportando cinco toneladas de cana" que passam pela rodovia. "É preciso dar condição de segurança para a população, pois morre muita gente naquele trecho", afirmou. Morais também parabenizou o Clube XV de Piracicaba pelo acesso à segunda divisão do Campeonato Paulista. (DB)



Abuso do INSS



Luiz Carlos Gondim (PPS) denunciou que grande número de pessoas que procuram o INSS são ignoradas, recebendo alta para não terem direito à aposentadoria ou licença-saúde. "É uma situação muito delicada por que a população do Estado de São Paulo está passando", afirmou o parlamentar, que também informou sobre o município de Salesópolis, onde a população tem direito a duas ressonâncias magnéticas por mês, ou seja, apenas duas pessoas podem ser atentidas por mês para esse tipo de caso. "As pessoas que buscam o INSS não saem para passear, mas vão lá porque têm uma sequela séria", concluiu. (DB)



Epidemia de Dengue



Marcos Martins (PT) indignou-se com o número de vítimas de dengue mortas no Estado de São Paulo. O deputado convidou o secretário da Saúde e os órgãos responsáveis que venham à Casa dar informações para que a população saiba o que está sendo feito efetivamente para combater a epidemia. "É o maior número de mortes na história de São Paulo e, enquanto recursos são gastos em outros setores, a saúde está sendo deixada de lado, esquecida!", afirmou. Martins leu também um documento da Advocacia Geral da União sobre as cotas em concursos públicos para portadores de deficiência fisica. (DB)



Polícia x Bandidos



"Costumo ver muito dois pesos e duas medidas", afirmou Conte Lopes (PBT) sobre o caso dos policiais que mataram o motoboy em São Paulo. O parlamentar disse que quando um policial mata um suspeito, é veiculado em todas as mídias. Agora quando um policial é morto por bandidos, ninguém sequer se lembra, citando o caso do sargento Maximo Bezerra, executado na frente da casa da mãe, no último domingo, 9/5. "A polícia arrisca sua vida em defesa da sociedade". (DB)



Agricultura sem recursos



José Zico Prado (PT) defendeu que o governo estadual, à semelhança do que fez o federal, renegocie as dívidas dos agricultores paulistas. "Não é para perdoar, é para renegociar", disse. Segundo o deputado, os pequenos e médios produtores deixam de produzir por falta de recursos. Zico afirmou também que o governo estadual não tem uma política para o segmento e os 0,72% do Orçamento estadual destinados este ano à agricultura ainda tiveram recursos desviados para outros programas. Zico Prado afirmou ainda às galerias, ocupadas por servidores da Justiça e policiais, que também os funcionários da Secretaria da Agricultura sofrem com baixos salários pagos pelo governo. (BC)



Privilégios



Para Pedro Tobias (PSDB), nunca houve no país tanta concentração de recursos nas mãos dos "grandes" como nos oito anos de governo Lula. Ele também afirmou que acha muito perdoar as dívidas dos grandes produtores agrícolas com o governo do Estado, que somam, segundo ele, R$ 1 bilhão. Tobias declarou que o BNDES financia bancos, supermercados, construtoras e usinas e que, por isso, nos jornais desta terça-feira, 11/5, saiu notícia de que os banqueiros apoiam o governo federal. Para ele, "os grandes" nunca foram tão privilegiados no país. (BC)

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