O deputado Roberto Gouveia (PT) falou, em entrevista à TV Assembléia, hoje, 14/11, sobre seu projeto de criação do Programa de Atenção Integral à Saúde do Diabético. De acordo com o deputado, o projeto está pronto para votação.

"Meu projeto surgiu há um ano, a partir de uma manifestação dos diabéticos aqui na Casa. Tramitou, foi estudado pelos deputados, melhorou através de emendas e da colaboração da Comissão de Saúde", disse Gouveia, empolgado pelas manifestações favoráveis de seus colegas deputados ao projeto.

Roberto Gouveia destacou, na entrevista, que o diabetes não é um problema do Brasil, mas mundial. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), de 5% a 10% da população mundial é portadora do diabetes. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) dão conta de que 7,4% da população brasileira, e 9,7% da população paulista tem diabetes. Nas contas do deputado, só no Estado de São Paulo são 3 milhões de pessoas diabéticas, das quais a metade (60% dos homens e 40% das mulheres) não sabem que têm a doença. Dos que sabem que são portadores do diabetes, 22% não se tratam. O resultado dessa situação seria de que cerca de 2 milhões de paulistas, apesar de diabéticos, não se tratam.

Entre as conseqüências da doença estão cegueira, enfarto, amputações, insuficiência renal, derrame e impotência. "Seis mil diabéticos no país precisam de hemodiálise, devido à insuficiência renal causada pela doença", lembrou o deputado. O programa, proposto por ele, previne e leva a um tratamento desde o início para uma doença que não tem cura. "O tratamento, se não cura, impede as complicações", disse Gouveia, destacando ainda o fator custo: "Uma hemodiálise custa R$ 900. O tratamento de um doente sai por cerca de R$ 250. Com o preço de uma hemodiálise você trata quatro doentes, e lhes garante uma vida muito melhor. Não há preço para a vida".

O deputado disse ainda que espera que a visita dos portadores de diabetes, nesta terça-feira, na Assembléia, seja recompensada, em breve, com a aprovação de seu projeto.