PT afirma que argumentos do governo contra CPI do Rodoanel revelam falhas na licitação

Para líder do partido, empresa pode ter apresentado orçamento subestimado
23/08/2001 20:04

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DA REDAÇÃO

Em entrevista concedida à TV Assembléia nesta quinta-feira, 23/8, o líder do PT no Legislativo paulista, deputado Carlinhos de Almeida, afirmou que os argumentos do PSDB contra a instalação da CPI do Rodoanel equivalem a um reconhecimento de culpa. Segundo o deputado, ao afirmar que teve de fazer alterações no projeto e que, por causa de fatores imprevistos, a empresa contratada não conseguirá realizar a obra dentro do orçamento pré-estabelecido, o governo admite falhas no processo de licitação.

Na opinião de Almeida, é possível que, para vencer a concorrência, a empresa escolhida tenha apresentado um orçamento subestimado. "De acordo com a Lei de Licitações, a empresa precisa oferecer, além de melhor preço, garantia de que terá condições de executar a obra a contento", afirmou o parlamentar.

O PT também questiona a previsão de custos das desapropriações que, segundo Carlinhos Almeida, passou de R$ 135 milhões para R$ 307 milhões. "Há situações altamente suspeitas, que precisam ser investigadas", disse ele.

Almeida também declarou que seu partido não quer a paralisação das obras do rodoanel. "Queremos a continuação das obras e, ao mesmo tempo, a investigação das denúncias", declarou o deputado. A Assembléia precisa exercer seu papel fiscalizador, sob pena de ver premiados o empresário desonesto e o administrador negligente."

Assinaturas. Assinaram o pedido de CPI do Rodoanel os deputados Antônio Mentor, Candido Vaccarezza, Carlinhos Almeida, Donisete Braga, Emídio de Souza, Hamilton Pereira, Henrique Pacheco, José Zico Prado, Maria Lúcia Prandi, Mariângela Duarte, Renato Simões, Roberto Gouveia, Vanderlei Siraque e Wagner Lino, pela bancada do PT; Petterson Prado (PPS); Milton Vieira (PMDB); Luis Carlos Godim (PV); Ramiro Meves, Artur Alves Pinto e Márcio Araújo (PL); Conte Lopes Reinaldo de Barros, Wadih Helu, Salim Curiatti (PPB); Geraldo Vinholi (PDT); César Callegari, Salvador Khuriyeh, Alberto Calvo, Pedro Mori, Rafael Silva (PSB) e os deputados Jamil Murad e Nivaldo Santana (PCdoB)

alesp