Nesta Segunda feira será comemorado mais um Dia Internacional da Mulher. Não poderíamos deixar de ressaltar esta data, principalmente se levarmos em consideração que essas companheiras /guerreiras estão cada vez mais ocupando espaço nos vários segmentos da sociedade. Espaço este que justamente lhes pertence. A situação das mulheres, porém, não é mais confortável hoje do que no passado. O preconceito e a discriminação continuam. As mulheres são vítimas de violência, inclusive doméstica, e são desprestigiadas no mercado de trabalho. Passados 146 anos do dia fatídico que deu origem à data (8 de março de 1857, quando 129 mulheres morreram asfixiadas dentro de uma fábrica), as questões reivindicadas na época ainda não foram totalmente resolvidas. Ou seja, jornada de 10 horas de trabalho por dia e equiparação salarial com os homens que desempenhassem igual função. No Brasil, segundo o DIEESE, as mulheres são parcela expressiva da força de trabalho, pois as 31 milhões de trabalhadoras representam 41% da População Economicamente Ativa (PEA) e mais de ¼ das famílias do país são por elas chefiadas. Com maior nível de instrução que os homens, não exercem, porém, funções compatíveis com a sua formação: ocupam, em maior percentual, postos mais precários, além de terem menor remuneração, pois o rendimento médio real anual corresponde a menos de 70% dos rendimentos dos homens. Chefes de família e mães, as mulheres atualmente, além de carregar a vida no ventre, estão carregando a responsabilidade nos ombros pelo sustento e qualidade de vida do que delas dependem. O país precisa despertar para esta questão e valorizar cada vez mais nossas mulheres.

*Formado em Filosofia, direito e teologia, Padre Afonso Lobato é deputado estadual pelo PV.

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