Lideranças da Zona Leste discutem implantação do campus da USP


15/10/2003 17:50

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Da Assessoria do deputado Simão Pedro

A audiência pública realizada pela Comissão Parlamentar de Acompanhamento da Implantação da USP na Zona Leste reuniu no último sábado, 11/10, no Centro Social D. Bosco, em Itaquera, cerca de 250 pessoas, entre lideranças comunitárias, subprefeitos e organizações estudantis, como o Movimento dos Sem-Universidade (MSU) e o Movimento dos Sem-Educação (MSE).

Seis deputados da Comissão estiveram presentes: Simão Pedro (PT), Ricardo Tripoli (PSDB), Ana Martins (PCdoB), Candido Vaccarezza (PT), José Zico Prado (PT) e João Caramez (PSDB).

A USP foi representada pelos professores José Jorge Boueri, Vanderley Messias e Antônio Marcos Massola, que apresentaram o projeto arquitetônico, o cronograma de obras, o projeto de cursos e a proposta de número de vagas.

As intervenções feitas pelo público enfatizaram a importância da conquista e a história da luta dos moradores pela implantação da universidade pública na Zona Leste. Lideranças tradicionais da região defenderam a integração dos cursos do novo campus da USP com a FATEC e a universidade municipal, que será implantada em Itaquera, e propuseram a criação de mecanismos que contemplem com vagas os alunos das escolas públicas da região, além de solicitarem a ampliação do número de vagas, entre outras questões.

Falando em nome da USP, o professor Wanderley disse que os serviços de assistência aos alunos serão garantidos e que, embora necessárias, as alterações no vestibular não poderão ser feitas no momento. Ainda de acordo com o professor, as vagas serão, inicialmente, 1.300 ou 1.400, e deverão ser gradativamente ampliadas. Ele explicou que os cursos previstos (Artes, Ciências Básicas, Enfermagem, Informática, Marketing, Políticas Públicas e Gestão de Serviços Públicos) dialogam com áreas não oferecidas nos outros campus da USP. Segundo o professor, implantar a faculdade de medicina implicaria, pelo seu alto custo, a eliminação de outros cursos.

O deputado Simão Pedro, que coordenou a audiência pública, afirmou nunca ter presenciado uma reunião de tamanha representatividade, cujo tema despertasse tanto interesse de discussão. Para ele, isso mostra a importância da implantação de um equipamento que é fruto da luta popular.

spedro@al.sp.gov.br

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