O deputado Afanasio Jazadji (PFL) conclamou os cidadãos insatisfeitos com as multas aplicadas por meio dos radares eletrônicos a enviarem cartas de protesto ao governador Geraldo Alckmin, Palácio dos Bandeirantes, bairro do Morumbi, São Paulo.

"De minha parte, como deputado estadual, já lancei na Assembléia Legislativa veemente interpelação das autoridades estaduais para que expliquem pesquisa mostrada pela mídia: na contramão do aumento do número de radares e de multas nos últimos três anos, cresceu o total de acidentes, feridos e mortes", declarou.

Segundo o parlamentar, as falhas do sistema eletrônico são absurdas, além de ocasionar aumento significativo de multas aplicadas. "Com isso, é normal ter saudade de guardas rodoviários que não aceitavam suborno e lavravam multa só em último caso, após passarem um educado sermão no motorista. A tecnologia avançou, mas não há máquina que os substitua", lamenta Afanasio.

"Como cidadão, jornalista, radialista e parlamentar, sou contra o abuso da velocidade em rodovias e ruas. É de se lamentar o incrível número de mortes ocorridas no trânsito do Brasil: a cada ano, mais de 40 mil pessoas, o que corresponde a uma Guerra do Vietnã. No entanto, o combate à irresponsabilidade de alguns motoristas precisa ser justo, em vez de possibilitar a punição de quem anda na linha."

Afanasio considera que o assunto é motivo de discussão em todo o Estado, que apesar de ter malha rodoviária excelente, "ainda não se conseguiu superar problemas como o elevado número de acidentes e o alto índice de multas improcedentes. Convém analisar que, além de haver multas aplicadas por radares avariados, surgem infrações estranhas, por causa da repentina redução do limite de velocidade, como acontece na SP-360. Na altura de Morungaba, o limite cai de 80 quilômetros para 50".

Além de criticar prefeituras com radares que multam por velocidade de "tranqüilos 40km/hora" o deputado considera que "se em 2004 existiam 163 radares nas estradas paulistas, o dobro de 2003, o número de multas também duplicou, saltando de 754 mil para quase 1 milhão e meio, mas a quantidade de acidentes aumentou 9%".



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