Muro e Infocentro para Cota 200


21/06/2005 15:48

Compartilhar:


Há mais de quatro meses, a Escola Estadual Profª Maria Helena Duarte Caetano, situada na Cota 200, espera pela reconstrução do muro, que desabou parcialmente, durante uma forte chuva. Em Indicação protocolada na Assembléia Legislativa, a deputada Maria Lúcia Prandi reivindica ao Governo do Estado urgência na reconstrução, argumentando que o vão de 50 metros aberto, no muro dos fundos, representa um "convite" às invasões de estranhos.

"A escola atende mais de 1.400 alunos, em três períodos. Não é possível que uma unidade de ensino deste porte permaneça com parte do muro em escombros, durante tantos meses", critica a parlamentar.

A escola possui uma Associação de Pais e Mestres (APM), que se encarrega de coordenar reparos emergências. No entanto, os recursos desta não são suficientes para obras mais dispendiosas, como é o caso do muro. A parlamentar está pedindo também pintura geral da escola. "Uma escola bem cuidada eleva a auto-estima dos alunos e incentiva todos a zelarem pelo patrimônio", frisa.

Infocentros

Outra reivindicação da deputada Prandi para a Cota 200 é a instalação de um centro de inclusão digital " Infocentro Comunitário. A parlamentar pede, também, que a unidade de acesso gratuito à Internet funcione como centro de informação e de serviços voltados para o desenvolvimento comunitário, disponibilizando dados em áreas essenciais, como saúde e educação, além de serviços governamentais.

Nas discussões da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do Estado para 2006, a deputada Maria Lúcia indicou a necessidade de instalação de um Infocentro em Cubatão. Em ação posterior, na Assembléia Legislativa, indicou a Cota 200 para receber uma unidade.

"Esses centros de inclusão digital fazem parte do Projeto Acessa São Paulo, idealizado para combater a exclusão digital, em parceria com as entidades comunitárias ou prefeituras, que cedem espaço e administram o funcionamento", explica Prandi.

Conforme acrescenta a parlamentar, estatísticas indicam que apenas 11% das famílias das classes D e E possuem computador, percentual que sobe para 87% na classe A. Quanto ao percentual de pessoas com acesso à Internet, apenas 2% estão nas camadas sociais mais baixas. Entre os mais ricos, 85% acessam freqüentemente os conteúdos da Internet.

"Essa distância representa uma nova face da exclusão social e precisa ser reduzida. Com a consolidação da informática como uma das principais vias de comunicação mundial, conhecer estas tecnologias deixou de ser opção e tornou-se uma necessidade elementar", destaca Maria Lúcia.

Nos Infocentros, os cidadãos inscritos têm direito a 30 minutos diários de acesso gratuito e livre à Internet, com orientação de monitores. Assim sendo, podem digitar documentos e currículos, realizar pesquisas escolares, enviar mensagens, ou mesmo freqüentar as salas de bate-papo. Há possibilidade também de cursos à distância, sobre os mais diferentes assuntos.

Cada Infocentro é composto por 10 computadores e um servidor, com conexão de banda larga. Além do acesso, as comunidades são estimuladas a criar conteúdos próprios, como sites locais, jornais comunitários, atividades culturais e outras.

"A Cota 200 atende todos os requisitos necessários para instalação de um Infocentro. São 10 mil pessoas distantes do centro urbano, grande parte de baixa renda e sem conhecimentos de informática, uma área de conhecimento que está, cada vez mais, incorporada à vida moderna", arremata Prandi.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp