DA ASSESSORIAA deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) quer a participação do Ministério Público nas investigações sobre a queda, no Porto de Santos, de um guindaste de 45 metros de altura e 250 toneladas. "Três trabalhadores ficaram gravemente feridos e as conseqüências poderiam ter sido ainda mais graves", afirma a deputada. "Há negligência e falta responsabilidade".Prandi entrou com representação no Ministério Público na segunda-feira, 3/12, fornecendo todas as informações possíveis. "Nesta sexta-feira, tão logo fiquei sabendo do acidente, determinei à minha assessoria jurídica que começasse a trabalhar para levantar os dados", disse a parlamentar."Como é possível deixar um equipamento de 45 metros de altura e 250 toneladas com sua estrutura comprometida a ponto de desabar? Cadê a fiscalização que deveria estar sendo feita pela Codesp? E a empresa Spartacus, responsável pela manutenção dos equipamentos do porto, o que tem a dizer?", questionou a deputada, que também defende uma urgente investigação sobre as causas do acidente, assim como rápidas providências para avaliar as condições de operação dos demais guindastes existentes no Porto de Santos. Mesmo sabendo que o guindaste estava passando por reparos, Prandi avalia que as providências vieram tarde demais e que as evidências de negligência foram reafirmadas no momento do acidente. "O Sindicato dos Operadores de Guindastes e Empilhadeiras tornou público que normas técnicas de segurança não foram cumpridas. Não havia nenhum engenheiro ou técnico no local", garante Prandi, Maria Lúcia Prandi é autora de outras representações ao Ministério Público, motivadas por acidentes com trabalhadores, no porto, na construção civil e no parque industrial de Cubatão. "A Promotoria tem acatado todas as representações e movido as ações necessárias", comenta, confiante que a firmeza das providências vai gerar maior preocupação com segurança e prevenção.