Da assessoria da Liderança do PTA Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de São Paulo, presidida pelo deputado Renato Simões (PT) está investigando um caso de discriminação de trabalhadores por obesidade: funcionários do Metrô de São Paulo submetidos a um programa de controle de peso estariam ameaçados de demissão por não conseguirem atingir as metas determinadas pela empresa.Os deputados darão continuidade à apuração nesta quinta-feira, 25/11, às 14h30, no auditório José Bonifácio. Já foram confirmadas as presenças do presidente do Metrô, Luiz Davi Frayze; do presidente do Sindicato dos Metroviários, Flávio Godoi, e do presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, José Erivalder Guimarães Oliveira.DenúnciasA Comissão ouviu as denúncias dos trabalhadores no dia 27/10. Diretores do Sindicato dos Metroviários e agentes de segurança detalharam as medidas discriminatórias contra funcionários obesos.O programa, implantado pelo Metrô em outubro de 2003, estipulou uma redução de 5% da massa corpórea para os agentes de segurança considerados obesos. Em carta dirigida ao Sindicato dos Metroviários, a empresa comunicou a determinação de transferência para outros departamentos dos funcionários que não chegassem ao peso ideal, e de desligamento desses metroviários na ausência de vagas disponíveis para absorvê-los.Segundo os trabalhadores, desde a implantação do programa de redução de peso, os funcionários considerados com excesso de peso estão submetidos a vários constrangimentos, como a publicação de listas com os resultados individuais dos participantes e a troca de mensagens eletrônicas com as medidas (cintura, quadril etc) de cada um.Para tentar chegar aos padrões determinados pelo Metrô, alguns têm recorrido a dietas rígidas e medicamentos. A preocupação excessiva com o peso e a queda na auto-estima dos trabalhadores estaria cansando outros problemas de saúde. Os metroviários reclamam também que o programa de redução de peso não tem supervisão médica.