Manifestação suprapartidária em defesa da Petrobras


08/06/2009 19:36

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"Antes de tudo, este é um ato de resistência para conter a sanha dos privativistas, tucanos e demos, que não perdem a oportunidade e quererem entregar as maiores riquezas do país à iniciativa privada", esclareceu o líder da Bancada da PT, Rui Falcão, na abertura do Ato em Defesa da Petrobras, realizado nesta segunda-feira, 8/6, na Assembleia Legislativa de São Paulo. O deputado esclareceu que o ato foi convocado pelo entendimento de que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, proposta pela oposição ao governo Lula na Câmara Federal, é uma ameaça ao nosso país, "pois o que está em jogo são os interesses econômicos da descoberta do pré-sal e a definição do marco regulatório do petróleo", explica Falcão.

Convocado pelas bancadas do PT na Câmara Federal, na Assembleia paulista e na Câmara de São Paulo, o ato contou com a participação de representantes das centrais sindicais, sindicalistas, trabalhadores e políticos, numa manifestação suprapartidária. O evento também foi uma convocatória para o grande ato de rua que acontecerá no dia 19 de junho, em frente ao prédio da Petrobras, na Av. Paulista, na capital.

O presidente da Federação Única dos Petroleiros, Antonio Carlos Spis, ressaltou que "o centro da CPI não é bem a Petrobras, é a soberania nacional. Defender a empresa é defender o país. E o povo brasileiro precisa ser informado das reais intenções dos que querem privatizar o petróleo brasileiro e se mobilizar, indo às ruas".

Os deputados federais do PT, Carlos Zarattini e José Genoíno, também explicaram que a CPI quer enfraquecer a empresa e o modelo político do presidente Lula. "É uma disputa política", justificou Genoíno.

Zarattini falou da importância da exploração do pré-sal: "é a possibilidade de o nosso país dar um grande salto social, serão mais de US$ 4 trilhões em recursos que poderão ser utilizados pelo povo brasileiro em educação, saúde, moradia e muito mais. Esses recursos têm que ficar com o povo brasileiro".

As centrais sindicais CUT, Força Sindical, CGTB e UGT também estiveram representadas. O presidente da CUT-SP, Adi Santos Lima, falou da concepção de Estado dos tucanos. "Os tucanos têm como concepção o Estado mínimo, apesar deste modelo neoliberal apresentar-se falido. Em São Paulo, isso é muito nítido, onde já privatizaram quase tudo e continuam insistindo em entregar a Cesp para a iniciativa privada. Por isso, nossa luta é por manter a Petrobras, mas também todas as empresas públicas que ainda restam, principalmente em São Paulo", defendeu Adi.

O representante da CGTB, Aparecido Pires, classificou os tucanos como aves de rapina que "só ficam rodando as empresas a espera de uma brecha para entregá-las aos interesses do poder econômico dominante e acabar com a soberania do nosso país".



Projeto político em disputa



Edinho Silva, presidente do PT Estadual, explicou "o que está disputa com a CPI da Petrobras é o projeto político partidário que define para onde vai o Brasil".

Os deputados estaduais do PT, Beth Sahão, Vicente Cândido, Carlinhos Almeida, José Candido, Roberto Felício e Adriano Diogo, também falaram da importância do ato como forma de esclarecer a população sobre os interesses que estão por trás da CPI e como forma de convocar o povo brasileiro para ir às ruas defender a empresa, que é de fato um patrimônio público.

Participaram do ato: deputados estaduais (pelo PT: Rui Falcão, José Candido, Maria Lúcia Prandi, Vicente Candido, Enio Tatto, Carlinhos Almeida, Roberto Felício e Adriano Diogo; pelo PC do B: Pedro Biargi); deputados federais (pelo PT: Carlos Zarattini e José Genoíno); representantes das centrais sindicais (Adi Santos Lima " CUT; Juruna " Força Sindical; Avelino Garcia " UGT e Aparecido Pires " CGTB); vários sindicatos, entre eles, Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Carlos Alberto Grana; Federação Única dos Petroleiros, Antonio Carlos Spis; Sindicato dos Químicos do ABC, Pedro Lage; Confederação Brasileira do Vestuário, Eunice Cabral. Também estiveram presentes os vereadores da Capital Ítalo Cardoso, José Américo, Francisco Chagas e Alfredinho; o presidente do PT-SP, Edinho Silva; prefeitos e vereadores do interior do Estado e representantes de movimentos sociais.

alesp