DA REDAÇÃO Reunida na tarde desta terça-feira, 19/11, no plenário Tiradentes da Assembléia Legislativa, a Comissão Parlamentar de Inquérito constituída com a finalidade de investigar possíveis irregularidades e crimes praticados no Sistema Prisional do Estado, deliberou sobre atividades a serem realizadas brevemente.Sob a presidência da deputada Rosmary Corrêa (PMDB), a comissão aprovou visita à penitenciária feminina dos bairros do Butantã e Tatuapé. O deputado Wagner Lino (PT) teve aprovada proposta de realização de audiência no ABC sobre o problema da superpopulação carcerária nos distritos e de levantamento sobre o sistema carcerário naquela área. O parlamentar também propôs requerimento ao Instituto de Pesquisas Técnicas (IPT) para que se verifique que tipo de construção teria sido aprovado para os dois centros de detenção provisória de Osasco. Lino esclareceu que visitou os centros e constatou que "pessoas fogem de todos os lados". O parlamentar propôs que se verifique "o que o Estado mandou executar e o que foi realizado na obra", para que se determine se a responsabilidade é do Estado ou da empresa construtora. Em seguida, a deputada Rosmary sugeriu a oitiva de representante do sistema prisional e do secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furokawa. A presidente da comissão também propôs a formação de uma sub-comissão voltada ao sistema prisional, uma vez que "todos os dias aparecem fatos novos que devem ser inseridos no relatório final e que impedem o encerramento dos trabalhos da CPI na época exigida".Lino propôs que Furokawa seja questionado sobre "as medidas que vêm sendo tomadas para coibir o crescimento de organizações criminosas no sistema prisional". Rosmary afirmou que o motivo da convocação é para que o secretário explique quantos presos cada unidade comporta e quantos detentos efetivamente se encontram encarcerados nessas unidades. Lino esclareceu que a instalação de um presídio acarreta aumento populacional, originado pelas visitas de familiares a presos, e que esse aumento exige a implantação de um sistema de saúde e de segurança. O deputado acrescentou que "em vários municípios os prontos socorros não comportam aumento no atendimento às famílias que se mudam para as cidades dos presídios recém implantados".