Assembléia Popular


11/04/2008 11:02

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Federalização dos Conselhos Tutelares

José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, disse ter dúvidas sobre a proposta de Artur Virgílio de federalizar os conselhos tutelares. Acha que essa reestruturação dificultará a capacidade de trabalho das instituições paulistas.



Alunos expostos a riscos

Clóvis de Oliveira, da Associação dos Policiais Civis e Militares, denuncia que alunos do período noturno ficam expostos a todo tipo de perigo enquanto esperam por uma aula que não haverá, pois o professor não compareceu.



Boicote aos participantes da Conferência de Educação Básica

O representante do Grêmio Social Recreativo Sudeste Mauro Alves da Silva reclamou de um boicote e da manipulação da lista de pais que deverão representar os interesses paulistas na Conferência Nacional de Educação Básica, em Brasília, que acontecerá em abril.



Interiorização das capitais

Sílvio Luiz Del Giudice, líder dos moradores do Jardim Tremembé, posicionou-se favoravelmente à interiorização das capitais no Brasil. Esta medida, segundo ele, poderia colaborar com o combate à destruição do meio ambiente promovida pelo sistema capitalista e, ainda, melhorar a qualidade de vida nas grandes capitais do país.



Exemplo de transparência

Sárvio Nogueira Holanda, do Conselho de Representantes dos Empregados da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, citou anúncio publicado no jornal Folha de S. Paulo abrindo a milésima seleção aberta ao público para o jornal. Na sua opinião, o governo do Estado deveria tomar isso como exemplo de transparência e extinguir os cargos em comissão.



Moradia para todos

José das Mercês de Freitas, da Associação dos Moradores de Vanguarda do Jardim Icaraí, reclamou do problema de moradia em São Paulo. Segundo ele, as pessoas que não têm onde morar invadem áreas, contaminando represas e gerando sofrimento para todos.



Ameaçada de morte

Dizendo que voltava à tribuna para pedir liberdade para sua neta, Lucinda Inácia da Silva reafirmou que seu genro abusa sexualmente da menina, que tem apenas 14 anos. A oradora se disse ainda ameaçada de morte pelo agressor, por um advogado que mora próximo à casa dela e por policiais da região. "Quero sair com vida dessa história e quero isso também para minha filha e minha neta", pediu Lucinda.



Inteligência contra a criminalidade

Defensora dos Direitos Humanos, a delegada Maria Lima de Matos questionou ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que deverá presidir aquela Corte a partir do próximo dia 23/4, onde estão os direitos à vida, liberdade e segurança, bem como aos princípios da legalidade, da igualdade jurídica e outros correlatos à dignidade humana. "Nas favelas do Guarujá é que não estão", respondeu ela própria. Ela pediu ao governo Serra que use o serviço de inteligência para combater a criminalidade naquelas favelas.



Função da Guarda Civil

O representante do Movimento pelos Direitos da População de Rua de São Paulo, Tcharles Santos Silva Ferreira, reclamou da atuação da Guarda Civil Metropolitana, que, segundo ele, tem espancado e algemado moradores de rua. "Eles não têm a função de guardar patrimônio público?", questionou o orador, que narrou um episódio em que empresas privadas de segurança agrediram moradores de rua na frente de guardas municipais e eles nada fizeram para coibir a agressão.



Sem dinheiro para o Bilhete Único

A obrigatoriedade de o usuário de Bilhete Único ter de colocar uma carga mínima nos bilhetes ensejou crítica de José Leonilson de Queiroz Almeida, do Movimento Social de Parelheiros/Marsilac. "A população não tem esse dinheiro", reclamou Leonilson. Outro reclamo dele diz respeito às ruas esburacadas e cheias de lama de Engenheiro Marsilac: "As crianças vão à única creche da cidade amassando barro", protestou.



Direitos feridos

Marcelo Francisco Vilas, representante da Deftecnologia " Tecnologia para a Pessoa com Deficiência, acusou o Metro e a SPTrans de estarem transgredindo a lei e a Constituição ao desrespeitarem os direitos das pessoas com deficiência. Vilas referiu-se aos entraves para que esse segmento da população usufrua o direito à isenção tarifária no transporte público da cidade de São Paulo. Ele conclamou representantes da sociedade civil e autoridades públicas a se manifestarem contra esse ataque aos direitos da cidadania.



Fraudes na frentes de trabalho

Carlos Eduardo Ventura Campos, da Central Única das Favelas, referiu-se a reportagens que apresentaram nesta semana a existência de fraudes no programa de frentes de trabalho do governo paulista. Segundo Campos, a polícia apreendeu na cidade de Carapicuíba um rapaz com oito cartões de bolsistas desse programa estadual. Os autores do golpe, segundo o orador, utilizam documentos de pessoas que os entregam de boa fé para conquistar um emprego, entretanto, seus nomes são cadastrados nas frentes de trabalho sem que estes saibam. Os benefícios são recebidos por terceiros.



Falta um estadista

Os problemas do transporte público só terão alguma solução quando houver consciência da necessidade da interiorização da capital do Estado. Esta é a opinião de Walter Silva Leite, do Conselho de Representantes dos Empregados da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Segundo ele, a retomada do tema da mudança da capital exige a atuação de um estadista de fato. Porém, disse ele: "Aos 72 anos de idade, desconheço alguém que hoje possa ser chamado de estadista".

alesp