Parlamentar reivindica recursos para combater enchentes em São Vicente


21/03/2005 15:28

Compartilhar:


A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) está cobrando ações do Governo do Estado para acabar com as enchentes em São Vicente. O município precisa do apoio estadual para implantar 17 comportas nos canais que deságuam no estuário e que sofrem o impacto das marés e das chuvas, provocando inundações.

Prandi formalizou o pedido de socorro por meio de indicação que protocolou na Assembléia Legislativa. Segundo enfatiza, o município não pode arcar sozinho com o custo das obras, sob pena de ter que reduzir investimentos educacionais e sociais e comprometer programas inadiáveis.

A parlamentar lembra que o Orçamento do Estado para 2005 é de R$ 69 bilhões e 667 mil. "É o maior do País e nem se compara ao orçamento de São Vicente, fixado em cerca de R$ 250 milhões", analisa Prandi, afirmando que é preciso garantir que o uso dos recursos estaduais seja otimizado e priorize demandas cujas soluções não podem mais ser adiadas.

Projetados para facilitar a drenagem das águas pluviais, os canais que cortam São Vicente estão cumprindo papel inverso, tendo-se tornado focos de alagamentos em dias de chuva e de maré alta.

Uma das piores situações, na opinião da deputada, é enfrentada pelos moradores do Catiapoã, bairro onde as enchentes fazem parte da rotina. "O problema é crítico quando chove, mas às vezes nem precisa chover. Basta a maré subir para ruas e casas serem inundadas", argumenta.

A parlamentar exemplifica citando que o canal existente na Avenida Lourival Pereira do Amaral, também conhecido como Sá Catarina de Moraes, transborda sempre que a maré sobe. Também o canal da Avenida Alcides Araújo, que está tomado por mato e lixo, provoca alagamentos e é criadouro de insetos e de ratos. "O canal recebe esgoto direto das residências. Não é possível que os moradores continuem tendo suas casas invadidas por águas fétidas e contaminadas, que trazem doenças e são ameaça, principalmente para as crianças".

O problema se repete em outras comunidades. "Na Vila Margarida, os prédios do CDHU, integrantes do projeto México 70, foram construídos, sem que o serviço de drenagem, apesar de prometido, tenha sido executado. O resultado é a ocorrência de enchentes, que tiram o sossego dos moradores".

A deputada também recebeu queixas de famílias da Vila São Jorge. "Basta qualquer chuvinha para fazer transbordar o canal da Avenida Monteiro Lobato, na Linha Vermelha", reclamam.

Prandi é enfática ao afirmar que o Governo do Estado precisa colocar técnicos e recursos à disposição. "Não daremos trégua enquanto esses encaminhamentos não forem priorizados", resume a parlamentar.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp