Da Assessoria

A Assembléia Legislativa de São Paulo realizou, ao som de tambores, a Sessão Solene aos Povos Africanos, no último dia 30/5, no plenário Juscelino Kubitschek. "Essa data foi instituída em 1972 pela ONU para comemorar o dia da Libertação da África", afirmou o deputado Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho do PT, que teve a iniciativa da cerimônia para que a história e cultura do continente africano fossem conhecidas e valorizadas no Estado de São Paulo.

A médica Silvia Bellucci, diretora do Centro Corsini, passou dois anos em Moçambique - um dos países com maior incidência de AIDS no mundo - realizando trabalhos de prevenção à doença e veio diretamente daquele país para o evento, com a finalidade de expor sobre seu trabalho de prevenção e conscientização da doença no país africano. "Não poderia faltar a um evento como esse, já que estou inserida no processo de valorização do continente africano", avaliou Silvia.

De acordo com Tiãozinho, falta aos brasileiros o conhecimento da cultura e da história da África. Para reverter a situação, Silvia Belluci defende a inserção no currículo escolar de dados sobre a história dos povos africanos. "Só temos solidariedade com aquilo que conhecemos", disse ela.

Segundo Bellucci, o continente africano ainda está inserido no regime escravocrata e encontra-se excluído do processo de desenvolvimento vivido pelos países ocidentais. Ela defende a alteração por meio da mudança da mentalidade dos jovens para que, futuramente, o continente possa servir de referência de desenvolvimento histórico e cultural.

Sobre a proliferação de infectados pelo vírus HIV, a médica disse que o Brasil, país líder no combate à AIDS, pode ajudar a reverter a situação precária a que estão expostos os povos africanos.

Durante a cerimônia foram apresentadas danças africanas e orações em iorubá e apresentado o hino da África pelo grupo Tambores de Aço, da Casa de Cultura Tainã. O evento foi encerrado com distribuição de búzios para trazer prosperidade a todos presentes.