Mais de mil pessoas aderiram ao abaixo-assinado pela instalação da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em Bertioga. A iniciativa é da deputada Maria Lúcia Prandi e do vereador Maurício Souza (ambos do PT), que desde março vêm lutando por sua instalação. Agora, os parlamentares vão entregar o documento ao diretor do Deinter-6, Everardo Tanganbelli Júnior, em mais uma ação pela implantação da DDM na cidade.

"Na Baixada Santista, somente Bertioga e Itanhaém não dispõem de uma delegacia especializada no combate à violência contra a mulher. Estamos firmes na luta para que os dois municípios conquistem estes equipamentos. Este volume de adesões dá mais força ao movimento", enfatiza a deputada Prandi, que desde setembro de 2003 coordena a Frente Regional para Enfrentamento da Violência contra a Mulher.

Conforme destaca o vereador Maurício Souza, Bertioga é a cidade paulista que tem registrado as maiores taxas de crescimento populacional nos últimos anos. "Isto reforça a necessidade de estarmos bem estruturados para aliar o desenvolvimento à cidadania e à qualidade de vida. E a instalação de uma DDM é ponto fundamental nessa infra-estrutura", acrescenta.

Recentemente, em resposta a uma série de documentos enviados pela deputada Prandi, o secretário adjunto de Segurança Pública, Marcelo Martins de Oliveira, apontou a alternativa de designar uma delegada para o município. "Seria um avanço pequeno frente ao que pleiteamos", contrapõe a parlamentar, que também coordena a campanha "Violência Contra a Mulher: 100% Não".

Segundo Maria Lúcia, para a mulher, procurar uma Delegacia comum, exige esforço. "O receio de ser discriminada e o desconforto da situação são fatores inibidores. Por isso, pleiteamos uma Delegacia da Mulher para Bertioga. A presença de uma delegada na delegacia comum, mesmo sendo positiva, não é suficiente para alterar o contexto".

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