Autoridades debatem com secretário da Saúde situação do Hospital São José


18/02/2005 16:53

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Da Assessoria do Deputado Fausto Figueira

O deputado Fausto Figueira (PT) participou nesta quinta-feira, 17/2, de uma reunião entre o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, o prefeito de São Vicente, Tércio Garcia, o secretário de Saúde do município, Paulo Lacerda, e lideranças locais para avaliar a possibilidade de intervenção estadual no Hospital São José e do repasse pelo Governo do Estado de R$ 6 milhões, em 12 parcelas de R$ 500 mil, para contornar a crise do hospital.

Durante a reunião, Figueira sugeriu que a administração do hospital fosse transferida para a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Uma intervenção externa garantiria qualidade técnica e não se caracterizaria como uma administração sucessória do passivo. Uma saída seria a administração tripartite entre a Prefeitura de São Vicente, o Governo do Estado e a Unifesp".

O secretário Barradas concordou com a proposta de Figueira e afirmou que parcerias de hospitais com universidades e organizações sociais, sem fins lucrativos, estão previstas em leis estaduais. "Há também a possibilidade de convocação pública para que interessados apresentem propostas. A decisão depende apenas do prefeito", afirmou. "Sugiro que a Prefeitura exija que o novo gerente realize as obras de recuperação do prédio e mantenha simultaneamente o atendimento, oferecendo parte dos 200 leitos disponíveis à população, como aconteceu em Taubaté. A recuperação em fases é uma saída para manter as conquistas e, quem sabe, futuramente buscar parcerias privadas", disse o secretário.

Figueira acredita que o hospital não tem necessidade de realizar serviços de alta complexidade, como hemodiálise. "Querer que o São José faça tudo é bobagem. É necessário um plano diretor de assistência hospitalar na Baixada e manter serviços básicos, como maternidade e atendimentos de urgência".

A crise

A crise no São José se estende há quase dois anos, com greves e desativações de serviços. O pagamento dos funcionários está atrasado desde novembro e a irmandade que administra o hospital não teria capacidade para mantê-lo por mais um mês. "A folha mensal é de R$ 350 mil e a fatura do hospital, com a paralisação, é quase zero", afirmou o secretário municipal de Saúde, Paulo Lacerda. O hospital mantém funcionando apenas a maternidade, a UTI neonatal e a pediatria. Esses setores recebem ajuda da Prefeitura, responsável pelo fornecimento de medicamentos e alimentos. além dos médicos.

Também participaram do encontro a coordenadora das regiões de saúde do Estado, Iracema Leonardi, e o chefe da assessoria política da Secretaria, Albano da Rocha.

ffigueira@al.sp.gov.br

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