Telessalas não podem excluir professores, em encontro regional da Apeoesp, alerta deputada


14/09/2001 16:05

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DA ASSESSORIA

A utilização de telessalas pode ser uma das alternativas no processo educacional, mas jamais deve substituir o professor. A afirmação foi feita pela deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) na palestra de abertura do Encontro Regional Preparatório da Apeoesp para o XVIII Congresso Estadual da entidade e a III Conferência Estadual de Educação, que acontecerão simultaneamente entre os dias 20 e 24 de outubro, em Águas de Lindóia. Presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, a parlamentar falou sobre "Educação de Jovens e Adultos - Telessalas'' e ''Educação Inclusiva". O encontro regional da Apeoesp começou nesta sexta-feira, 14/9, na Unimonte e prossegue até 15/9 no Sindipetro (av. Conselheiro Nébias, 248), quando serão eleitos os delegados para os eventos estaduais

"Não basta colocar os alunos sozinhos numa sala para exibição de fitas de vídeo. Educação é um processo que deve ser construído e requer da interação aluno-professor, essencial para a riqueza do conteúdo educacional", afirmou a deputada Prandi. Com relação à Educação Inclusiva, que diz respeito à integração de alunos com necessidades especiais às escolas regulares, a parlamentar também apontou erros na forma como esse processo vem sendo conduzido pela Secretaria Estadual de Educação. "Estas crianças precisam de uma atenção diferenciada, o que inclui a preparação dos professores para lidar com essas necessidades. Além disso, também é preciso que os demais estudantes sejam preparados para conviver com as diferenças. Defendemos a inclusão, mas isso não se dará por decreto e o Poder Público deve atender as necessidades especiais de cada indivíduo", enfatizou a deputada Prandi.

Crítica. A deputada Prandi também aproveitou para reafirmar sua postura crítica em relação à política educacional implantada pelo Governo Estadual nos últimos sete anos. Para a parlamentar, esta política vem comprometendo a qualidade da escola pública e massacrando todos os profissionais envolvidos no processo educacional. "Até hoje o Brasil não conseguiu aliar qualidade e quantidade na Educação. Quando tínhamos escolas públicas com qualidade, era preciso fazer testes para ingressar nelas. Agora, que há maior número de jovens matriculados, a qualidade passa longe. Estamos formando analfabetos escolarizados", frisou.

alesp