"Grosseira incompetência", em prejuízo da população de Santos e região. Essa foi a avaliação feita pela deputada Maria Lúcia Prandi (PT) para o fracasso da licitação pública para implantação e exploração do Poupatempo naquela cidade. A parlamentar reivindicou ao governador Geraldo Alckmin a rigorosa apuração das responsabilidades. "O processo vai recomeçar do zero. Não podemos silenciar", avalia.

A parlamentar também propõe que o Poupatempo seja implantado na Baixada Santista independentemente da parceria com a iniciativa privada. "Em outros locais o governo estadual arcou com todos os custos para instalação, mas desde que reivindicamos o equipamento para a região ele vem condicionando a criação do serviço ao interesse de empresários", completa Maria Lúcia.

A deputada também reclama que só agora o governo do Estado definirá o local para a construção do posto e contratará um arquiteto para elaborar o projeto. "Pelo que deduzimos, a licitação foi lançada sem bases concretas. O local para instalação do posto seria escolhido após a definição da empresa ganhadora da concorrência. Tudo indica que a inconsistência do edital levou os participantes a descumprirem uma série de exigência técnicas", observa a parlamentar.

O próprio superintendente do Poupatempo, Daniel Anenberg, admitiu publicamente que houve "erros". Para Maria Lúcia, não basta o mea culpa. "A população esperou demais e ainda deu errado. É preciso maior responsabilidade ao lidar com a coisa pública", reclama.

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