DA REDAÇÃO A Assembléia Legislativa aprovou a redução da alíquota do ICMS sobre o álcool combustível de 25% para 12%. O Projeto de Lei 554/2002, votado em sessão extraordinária nesta quinta-feira, 30/10, foi enviado ao Parlamento pelo governo do Estado em agosto do ano passado.Segundo a Secretaria da Fazenda, a aprovação do projeto traz, entre outros benefícios, o incentivo a um combustível nacional e menos poluente e o estímulo à geração de empregos no setor sucroalcooleiro.São Paulo procura eliminar, com a aprovação do projeto, desvantagem em relação a Estados que cobram de 7% a 12% de ICMS sobre o álcool combustível, apontou o secretário estadual da Fazenda, Eduardo Guardia, em audiência pública realizada na Assembléia em maio. A diferença de alíquotas provoca, ainda segundo o secretário, operações interestaduais simuladas. O resultado, segundo membros da CPI paulista que investigou o mercado de combustíveis, em 2002, é uma sonegação fiscal que passa de 450 milhões de reais por ano.Os deputados também aprovaram o Projeto de Lei 947/2003, que autoriza o governo estadual a fazer empréstimo de 10 milhões de dólares com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para implantar programa de desenvolvimento do ecoturismo na mata atlântica.A proposta apresentada pelo governador Geraldo Alckmin pretende fazer das unidades de preservação da mata atlântica no Vale do Ribeira e no Litoral Norte pólos de ecoturismo. Com isso, será possível, segundo dados da Secretaria da Fazenda, gerar mais de 3 mil postos de trabalho e injetar recursos na economia desses locais.Emenda apresentada pelo deputado Arnaldo Jardim (PPS) foi aprovada, e prevê que o governo envie anualmente à Assembléia relatório de execução do projeto de ecoturismo, que estará a cargo da Secretaria do Meio Ambiente.A inclusão dos municípios de Alumínio, Cotia e Vargem Grande Paulista na área de proteção ambiental de Itupararanga, proposta pelo Projeto de Lei 381/2001, do deputado Hamilton Pereira (PT), também foi aprovada em plenário.A Lei 10.100/98 havia incluído na APA de Itupararanga, como entorno da represa, apenas as cidades de Ibiúna, Mairinque, Piedade, São Roque e Votorantim. Segundo Hamilton, a modificação da lei era necessária porque os três municípios acrescidos à APA detêm porcentagens importantes da área da bacia hidrográfica e sua exclusão compromete o desenvolvimento sustentável do mais importante manancial de água da região de Sorocaba.Foi aprovado ainda o Projeto de Lei 240/2003, do deputado Mário Reali (PT), que regulamenta a realização de audiências públicas para discussão do Plano Plurianual (PPA), do Orçamento do Estado e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Entre outras medidas, o projeto prevê que as audiências para discussão dessas propostas sejam divulgadas em órgãos de imprensa estaduais de grande circulação e realizadas em locais de fácil acesso. Ele determina também regras para garantir a livre participação da comunidade na apresentação e discussão de propostas.