Deputado se solidariza com os médicos residentes


13/11/2006 17:30

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Além de se solidarizar com os médicos residentes que estão em greve desde o dia 8/11, o deputado Fausto Figueira (PT) criticou da tribuna da Assembléia Legislativa, nesta segunda-feira, 13/11, a atitude de médicos preceptores (médicos instrutores) que estariam constrangendo os grevistas. "Até há pouco tempo, os preceptores também eram residentes e, de uma hora para outra, parecem que não estão entendendo a luta de quem exerce um papel fundamental no atendimento à população", comentou o deputado.

O parlamentar salientou que as greves no setor da saúde freqüentemente penalizam o paciente, o que não ocorre agora com a paralisação dos residentes. "Os residentes estão tendo cuidados com o atendimento de urgência. Por isso, eles não se curvam às pressões dos preceptores. A greve é em favor da formação de especialistas, para que eles possam prestar um bom atendimento aos pacientes no Sistema Único de Saúde", acrescentou.

Os médicos residentes estão em greve nacional por aumento no valor da bolsa de estudo e pela não-redução do número de bolsistas. Para São Paulo, reivindicam aumento de 53,7% na bolsa paga pelo governo do Estado. Atualmente, a remuneração é de R$ 1.470,00 por 60 horas semanais. "É preciso que este valor seja revisto. O residente não pode ser visto como mão-de-obra barata para tocar serviços médicos. Ele está fazendo uma especialização e, para isso, necessita de uma boa preceptoria e uma justa remuneração pela qualidade do trabalho que realiza", defendeu.

Fausto Figueira, atual 1º secretário da Assembléia Legislativa, está trabalhando para que seja encontrada uma solução para a pauta de reivindicação dos residentes. Por isso, falou com o secretário da Casa Civil, Rubens Lara, que informou ao deputado que o governador Cláudio Lembo (PFL) receberia uma comissão da Associação dos Médicos Residentes do Estado. O deputado também participou de reunião do Colégio de Líderes da Assembléia Legislativa, onde o assunto foi debatido.

"Como médico, ex-presidente do Sindicato dos Médicos, ex-diretor do Conselho Regional de Medicina e pai de um residente médico que vivencia esses problemas, defendo um bom termo para uma justa reivindicação. O movimento dos residentes não está só relacionado à remuneração da bolsa, mas principalmente à melhoria das condições de trabalho e de atendimento à população", concluiu.

ffigueira@al.sp.gov.br

alesp