Apesar da boa vontade do secretário de Justiça e Defesa da Cidadania, Hédio Silva Júnior, as negociações sobre a pauta de reivindicação da Associação dos Funcionários da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Afitesp) pouco avançaram. Em reunião realizada segunda-feira, 31/10, na sede da Secretaria, com a direção da Afitesp, solicitada pelos deputados estaduais Fausto Figueira e José Zico Prado, ambos do PT, o secretário disse que não podia definir data para apresentar uma contraproposta às reivindicações dos funcionários do Instituto.

A Associação pede reposição salarial de 45,7%, seguro de vida e acidentes de trabalho, aumento do valor dos tíquetes refeição para R$ 12,00, plano de saúde, auxílio alimentação de R$ 100,00 ou cesta básica para todos os quase 700 funcionários do Instituto e auxílio creche.

Explica o presidente da Afitesp, Alberto Paulo Vásquez, que o valor do pedido da reposição de 47,7% é aparentemente elevado porque a categoria ficou vários anos sem reajuste salarial que fizesse frente às perdas provocadas pela inflação. "É uma pauta defensiva, já que nos últimos dez anos somente tivemos reposição de 7,1% em 2004. Nesse ano, tivemos também a promessa do ex-secretário de que gradativamente teríamos reposto o valor original de nossos salários", observou o presidente da Associação, que foi à reunião acompanhado com mais cinco diretores da Afitesp.

O Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) é o órgão do Estado vinculado à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania responsável pela política agrária e fundiária paulista. Com quase 700 funcionários, é quem demarca e reconhece as terras das comunidades remanescentes de quilombolas e quem faz a regularização fundiária de terras, tanto nas cidades como no campo, entre outras atribuições.

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