Em todo o Brasil, março é o mês de homenagem às mulheres. Neste espaço, escrevo a minha a todas elas que atuam nas mais diversas áreas, orgulhando nosso país com seus exemplos de vida. Aí vai um pouquinho dessas mulheres.

Maria da Penha Maia Fernandes é o símbolo brasileiro de luta pelos direitos da mulher. Fez da sua tragédia pessoal uma bandeira. Ficou paraplégica por conta das agressões sofridas, batalhou 20 anos para ver seu agressor na cadeia e deu nome à lei especial contra a violência doméstica. Esse dia é seu.

Que força e sede de viver inspiradoras! Aos 80 anos, com um câncer raro, que só ocorre na mulher, a apresentadora Hebe Camargo mostrou que sempre é tempo de recomeçar. Esse dia, certamente, também é da Hebe.

Ruth Cardoso, ou Dona Ruth, foi muito mais do que a esposa do Presidente. Antropóloga, acadêmica, à frente de projetos sociais inovadores e respeitadíssima dentro do PSDB, é um exemplo de mulher na política.

Quero citar também a melhor jogadora de futebol do mundo, que também é brasileira. Marta, tanto pelas raízes humildes quanto por atuar num meio essencialmente masculino, é a prova de que não há limites para a superação.

Não posso deixar de homenagear Zilda Arns, que ainda vive porque deixou os rastros do trabalho magnífico que exerceu a frente da Pastoral da Criança, através das vidas que salvou. Hoje, essas crianças vivem e trabalham Brasil afora, imortalizando Zilda Arns.

E jamais me esqueceria de você: esposa, filha, chefe de família, da dona-de casa, da mãe e da mãe que é pai, da avó e da avó que é mãe, da madastra, da madrinha, da mãe adolescente e da mãe aos 40 anos, da líder do bairro, da mulher rica e da pobre. A vocês, mulheres anônimas na multidão com suas próprias histórias de vida e trajetória de sucesso, termino minha homenagem com uma frase de uma grande escritora brasileira, e primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, Raquel de Queiroz. "Celebra-se o "Dia Internacional da Mulher" mas qual o dia que não é da mulher? Em casa, com os filhos, sem falar no marido, no trabalho, na escola, nos palcos, nos jornais, onde não está a mulher? Seu "dia internacional" pode ser todo dia ou quem sabe a ideia é nos reservar um dia para cuidarmos só de nós próprias".



*Maria Lúcia Amary é deputada estadual pelo PSDB