As obras de ampliação do Palácio 9 de Julho tornaram inevitável a ocupação do espaço utilizado para a reciclagem de lixo, interrompendo por alguns dias o programa "Reciclar É Legal", existente há cerca de dez anos. Não havendo, no momento, outra área física disponível para o armazenamento do lixo reciclável " especialmente papel, descartado em grande quantidade em razão das características das atividades legislativas ", a administração instalou em 4/4, em caráter experimental, um contêiner para receber esse material, de forma a evitar que a interrupção no programa continuasse.

O período em que a coleta foi suspensa provocou a circulação de notícias desencontradas, fazendo com que a liderança do Partido Verde, representada pelo deputado Padre Afonso Lobato, protocolasse ofício à Presidência da Casa que solicitando a volta do programa. Por isso, a Mesa Diretora da Assembléia expediu um comunicado onde é reafirmado que o programa "Reciclar É Legal" não foi e não será desativado, pois há plena consciência de sua importância como exemplo para a sociedade paulista.

Durante os dez anos de vigência do referido programa de reciclagem foram beneficiadas diversas entidades assistenciais. Os recursos obtidos com a venda dos resíduos eram destinados a instituições que atendem a crianças soropositivas para o HIV, excepcionais, portadoras de câncer e outras patologias, que não têm condições econômicas para custear os tratamentos médicos.

Segundo o comunicado da Mesa Diretora, durante os 30 dias previstos para a utilização do contêiner como depósito, a administração estudará formas alternativas para resolver o problema, buscando a solução mais adequada.