"Não consigo entender como se pode praticar um preço de pedágio tão alto no Estado de São Paulo, inclusive desrespeitando a realidade local", disse o 1º secretário da Assembleia Legislativa, deputado Carlinhos Almeida (PT), em pronunciamento da tribuna da Casa, nesta segunda-feira, 19/10. Ele se referia à notícia publicada na página da internet do VNews, da TV Vanguarda, do Vale do Paraíba, sobre a instalação de praça de pedágio que dividirá bairros das cidades de Igaratá e Atibaia. "Esta é mais uma grande medida adotada pelo governo do Estado, com a instalação de pedágios na rodovia Dom Pedro I, que liga Campinas a Jacareí, no Vale do Paraíba, onde as pessoas terão que pagar pedágios para circular inclusive dentro da própria cidade", ironizou Carlinhos. Ele cita o caso do artesão João Robélio Francisco, que mora no Água Branca, bairro da zona rural de Igaratá. Para ir ao centro terá que passar pelo menos quatro vezes por semana no novo pedágio, com valor de R$ 11,60. Outro caso é de uma fábrica de artefatos de borracha, também da zona rural de Igaratá, que tem 25 funcionários. A empresa faz o transporte dos empregados, mas os gastos devem aumentar em R$ 3 mil com a cobrança do novo pedágio. O cálculo do prejuízo decorre da nova praça de Igaratá, no quilômetro 26,5, onde a tarifa vai ser de R$ 5,80 para carros e de R$ 2,90 para motos. "Sete bairros de Igaratá ficarão separados do centro pela nova praça de pedágio. Por isso os moradores estão fazendo um abaixo-assinado contra a cobrança", acrescentou. Carlinhos esteve recentemente no município de Atibaia onde o próprio prefeito da cidade, doutor Denig, terá que pagar pedágio para se deslocar de sua casa à prefeitura. Na última sexta-feira, acrescenta Carlinhos, associações de moradores e produtores rurais de Atibaia entraram com uma Ação Civil Pública na Justiça que contesta a instalação do pedágio. O processo está em análise na 2ª Vara Cível da cidade. Além disso farão uma caminhada pacífica de protesto e criaram um adesivo com os dizeres: "Pedágio tem preço, cidadania não". carlinhos@carlinhos.org