Comissão de Educação debate ensino tecnológico no Estado

Centro Paula Souza quer revisão orçamentária urgente (com fotos)
02/10/2001 19:20

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DA REDAÇÃO

A pedido do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (Ceeteps), reuniu-se extraordinariamente nesta terça-feira, 2/10, a Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, presidida pela deputada Maria Lúcia Prandi (PT). Segundo o presidente do seu conselho deliberativo, professor José Luiz Guimarães, o Centro solicitou a reunião para apresentar "as preocupações e angústias que vive hoje o instituto de ensino". Longe porém de apenas reclamar, o conselho decidiu buscar soluções, aproximando-se mais da sociedade civil e seus representantes.

Na opinião do professor Marcos Antonio Monteiro, diretor-superintendente, chegou para o Centro Paula Souza, "depois de saneadas as finanças, o momento propositivo". Como parte do projeto de ampliação da estrutura do instituto, ressaltou a necessidade de política salarial e da política de custeio da instituição.

"Uma proposta arrojada", entre as várias alternativas de expansão, de acordo com o vice-diretor superintendente do Centro, Prof. Alfredo Colenci Jr., seria aproveitar a instalação ociosa das universidades. Nesse sentido citou o exemplo de São Carlos. O Ceeteps local viabilizou acordo com a Universidade de São Paulo, que tem campus na cidade, para ministrar cursos noturnos da faculdade tecnológica.

Com um orçamento apertado de R$ 140 milhões por ano, o Ceeteps abriga 80 mil alunos no ensino técnico e 10 mil na graduação, em suas 99 escolas técnicas e nove faculdades, espalhadas por 83 municípios do Estado. Depois de mais 30 anos de existência, "urge uma revisão de seu projeto institucional e dos seus valores orçamentários", na opinião do seu conselho deliberativo.

Já para a secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza, professora Sílvia Elena de Lima, "a proposta do conselho deliberativo não está bem explicada". O Sindicato concorda com a necessidade urgente de revisão orçamentária, pondera Sílvia Elena, mas "receia que o plano de expansão comprometa a qualidade de ensino". O verdadeiro temor do Sindicato, complementa, é que "aconteça com as faculdades de tecnologia o que já aconteceu com o ensino técnico". Com a reforma de 1998, separando o ensino médio e o técnico, o curso teve "sua carga horária reduzida e sua qualidade rebaixada".

alesp