Aqui vai uma pergunta para você testar seus conhecimentos sobre o combate à criminalidade no Estado de São Paulo: quando foi criado o Disque-Denúncia? Escolha uma destas três opções: anos 80, anos 90 ou ano 2000. Pare um pouco para pensar, imagine a época correta e leia as próximas etapas deste artigo. Será possível perceber que nem sempre o correto é aquilo que parece.

Vamos lá: está em evidência, na atualidade, a tese de que o Disque-Denúncia ajuda a salvar vidas e a garantir a prisão de criminosos. O serviço é simples, pois consiste em deixar à disposição do público um número de telefone pelo qual as pessoas podem denunciar autores de cometer ações criminosas ou violentas. Quem faz a denúncia fica no anonimato, para ser protegido de eventuais reações por parte dos atingidos, enquanto a Polícia promove investigações. Esse tipo de serviço é mantido pelo Instituto São Paulo contra a Violência desde outubro de 2000. Neste caso, vai completar cinco anos.

Essa história, porém, deve ser corrigida. O Disque-Denúncia pioneiro foi introduzido por mim, no início da década de 80, quando era apresentador de um programa diário da Rádio Globo de São Paulo, "Patrulha da Cidade". Mais de 20 anos atrás, os índices de criminalidade não atingiam a proporção dos de hoje, mas já assustavam. As pessoas tinham medo de apontar bandidos. Então, lancei para os ouvintes um número de telefone para denúncias. As informações eram repassadas à Polícia. Foi um sucesso. E o que é bom acaba sendo imitado.

*Afanasio Jazadji é jornalista, advogado e deputado estadual

deputadoafanasio@al.sp.gov.br