Rodrigo Anjuleto move-se entre o cubismo e o construtivismo com toques de surrealismo

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
31/01/2007 16:47

Compartilhar:


André Chastel, um grande historiador da arte, costumava afirmar que "a "picassologia" será, possivelmente um dia, a base de uma nova ciência". Embora devamos nos alegrar por existir um pintor moderno cujo nome é conhecido também por aqueles que nunca se interessaram pela pintura, não há duvida que a obra de Picasso representa para as jovens gerações uma atração, para alguns respeitável, para outros inadmissível, à pintura tradicional.

Este é o caso do jovem pintor Rodrigo Anjuleto, cuja admiração pelo grande artista, sobretudo por sua fase cubista, envolveu-o na criação de obras autênticas, mas que constituem uma reminiscência de uma época revolucionária da arte moderna e, ao mesmo tempo, uma homenagem ao pintor espanhol.

Sua arte se move tanto no ambiente cubista, quanto no construtivista e no surrealista. Seu automatismo é isento de qualquer referência literária e se submete muito mais às solicitações do maravilhoso e do fantástico.

A presença simultânea de um esquema construtivo abstrato e de seus estilizados personagens institui nas obras do artista um jogo de citações e de formas puras que têm sua remota origem na "aura" de derivação metafísica, de onde resultavam suspensas as plásticas figuras humanas e os manequins de muitos anos atrás.

Inventando formas novas mediante objetos ou figuras humanas, com uma articulação da cor que se impregna de significativos contrastes, sua atual experiência determina uma categoria expressiva que não o condiciona minimamente a esquemas já resolvidos.

Nas obras Maçã sobre Mesa e Personagens do Saber, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Rodrigo Anjuleto utiliza uma espécie de monocromatismo que tem a capacidade de conferir à atmosfera um valor rarefeito e irreal que pode se traduzir em cenários absorvidos e mudos.



O artista

Rodrigo Anjuleto, pseudônimo artístico de Rodrigo Bernardi da Silva Anjuleto, nasceu na cidade de São Paulo, em 1984. Começou a se interessar pelas artes plásticas e pela música desde o momento em que teve contato com os meios artísticos. Pintou seu primeiro quadro quando tinha nove anos.

Autodidata, sua primeira exposição foi no ano de 2002, numa coletiva intitulada "Pinta Brasil", realizada no Espaço Atrium Cultural, no Central Plaza Shopping, ao que se seguiram as seguintes mostras: "X Mostra de Arte", Biblioteca Ministro Genésio de Almeida Moura, SP (2002); "Liberdade e União", Biblioteca Ministro Genésio de Almeida Moura, SP; "Nova Era Cultural", Centro Cultural Aricanduva, SP; "GAABI", Concessionária Fiorante, SP; "XI Mostra de Arte"; Biblioteca Ministro Genésio de Almeida Moura, SP; "Cores da Primavera", Espaço Cultural do C. A. Ypiranga, SP (2003); "Salão da Mulher", Atrium Cultural do Central Plaza Shopping, SP; "II Salão de Outono", Centro Cultural Aricanduva, SP; "Dinâmica da Arte", Instituto de Previdência Municipal de São Paulo; "IV Salão da Primavera", Centro Cultural Aricanduva, SP; "XII Mostra de Arte", Biblioteca Ministro Genésio de Almeida Moura, SP, (2004).

Por sua participação em diversas exposições, recebeu prêmios de revelação, medalha de bronze e de prata e diplomas de honra ao mérito. Suas obras encontram-se em coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp