Opinião - O professor como agente essencial de transformação


14/10/2009 18:21

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É comum presenciarmos em nossas atividades a discussão acerca dos "novos desafios" na área da educação, de programas e projetos criados com a intenção de promover o desenvolvimento cognitivo do aluno e de uma série de sugestões teóricas que comumente aparece fundamentada no corpo discente. Estas, sem dúvida, são ações importantes e necessárias em nossas escolas. No entanto, é incomum observarmos esta mesma preocupação com o professor, um profissional atuante e que vive constantemente em busca de ferramentas para aprimorar seu conhecimento e, desta forma, oferecer aos alunos sempre o que há de melhor e mais atualizado.

Diante desta constatação " que não é recente e tampouco inédita ", é importante considerar que todos os padrões que formam esta categoria profissional devam ser levados à reflexão no intuito de que as tomadas de decisões continuem beneficiando os alunos. E, acima de tudo, os profissionais que fazem da escola o um dos primeiros espaços sociopolítico reconhecidos pela Constituição Federal daqueles que serão o futuro deste país. Mas, não podemos nos esquecer do professor, que é o responsável por parte da formação intelectual do aluno, de nossos filhos e sobrinhos etc., para que se torne protagonista de sua história em vez de mero coadjuvante.

Isto me remete, decisivamente, ao conceito de cidadania, que por sua vez só pode ser concebido sob a luz da historicidade à qual se encontra enlaçado. Vê-se, pois, que o conceito de cidadania, ainda que guarde um núcleo geral, ou seja, a ideia de participação do aluno na realidade sociopolítica da qual faz parte, reserva também especificidades que emergem do momento histórico ímpar a que se encontra vinculado. Nesta realidade sociopolítica, encontram-se as mais variadas instituições sociais, como a escola. É de comum conhecimento que a escola " enquanto instituição responsável pela formação educacional " se faz a partir do professor.

A educação esta no contexto real do momento sociopolítico pela e para a qual se deve direcionar suas finalidades (claro, compreendendo-se aqui a educação como atividade mediadora da prática social voltada para a fomentação da cidadania). Visto que os valores e a própria realidade social passam por toda uma reorganização nos seus mais variados aspectos, é válido afirmar que a escola também luta para poder reorganizar seus objetivos e propósitos e, desta forma, reestruturar-se para não se incorrer sob o pesado ônus do retrocesso. E, mais uma vez, tudo passa pelos poderes constituídos e pelos professores, que conhecem as dificuldades e as necessidades.

O professor é o indivíduo que, junto com os alunos e os demais profissionais, opera o processo que legitima a escola da forma como se encontra configurada na sociedade. Na prática, como local específico de consubstanciação do processo ensino x aprendizagem, de socialização do saber e de acesso à cidadania. Nestes processos, é importante destacar que o papel do professor e do aluno não se esgota, pelo contrário, percebe-se que a necessidade de se repensar a prática docente " que já vem sendo exaustivamente discutida " torna-se o principal objeto a qual se deve centrar as atenções de suas representações políticas e dos políticos.

Enfim, não é novidade para ninguém que o processo educacional está em profunda transformação, completamente necessária para a plena formação de uma sociedade mais justa e digna. Por isso, temos de repensar os modelos e as propostas, incentivar as práticas concretas, condenar os atos ilícitos e valorizar o professor. Por isso, neste 15 de outubro, reafirmo o meu compromisso em continuar lutando na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo por esta categoria profissional e o meu reconhecimento a todos que honra esta atividade. Parabéns professo pelo dom que lhe foi atribuído e que o constituiu educador.



*Edmir Chedid é advogado, deputado estadual pelo Partido do Democratas e presidente da Comissão de Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

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