Funcionários afastados da Dersa são ouvidos por deputados da Comissão de Direitos Humanos


08/02/2001 19:36

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O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, deputado Renato Simões (PT), e outros membros da comissão ouviram nesta quinta-feira, 8/2, funcionários afastados da empresa pública Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa).

Celson Ferrari, Paulo Marques e Paulo Rangel fazem parte do Conselho de Representantes dos Empregados da empresa. Segundo eles, o conselho afirmou em órgão de divulgação interno, de 14/12 último, nota informando que o Tribunal de Contas do Estado divulgara que a AutoBAn investiu, desde 1998, R$ 100 milhões a menos do que o previsto em contrato.

Em 29/12, foi aberta uma sindicância administrativa, e os funcionários foram impedidos de entrar na empresa. "A sindicância estava pré-determinada, tudo o que eles queriam era me demitir, não importando o que eu dissesse em minha defesa. Além disso, foi retirada toda a estrutura para que o conselho pudesse continuar atuando, como computador, móveis e secretária", denuncia Celson Ferrari, diretor representante dos empregados, que está sendo alvo, ainda, de inquérito judicial.

Paulo Marques, presidente do Conselho, disse que a "retaliação está ocorrendo também com os representantes dos funcionários da Cetesb, que sofrem perseguição semelhante, sendo inclusive transferidos para unidades distantes da central". Segundo Renato Simões, "é pertinente à Comissão de Direitos Humanos discutir este assunto, pois há claramente cerceamento de opinião e perseguição política".

Apesar da reunião ter sido informal, Simões comunicou aos presentes que o presidente da Dersa, Sérgio Luiz Gonçalves Pereira, e o secretário dos Transportes, Michael Paul Zeitlin, serão convidados para prestar esclarecimentos à comissão sobre o assunto. Simões pediu, também, que os membros da comissão tenham acesso às sindicâncias contra os funcionários da Dersa.

alesp