Da Tribuna


12/02/2009 20:08

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Descriminalização da maconha



Edson Ferrarini (PTB) questionou a sugestão de descriminalização da maconha para uso pessoal feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na reunião da Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, realizada em 11/2, no Rio de Janeiro. Mesmo considerando que FHC teria defendido a legalização acompanhada por um processo de prevenção, o parlamentar, que comanda um centro de recuperação em São Paulo, acha que essa proposta é negativa. "Eu não vi nenhuma campanha de prevenção em seu governo, presidente. Pense melhor antes de descriminalizar a maconha", disse Ferrarini. (MC)



Concurso em vez de prova



Para Carlos Giannazi (PSOL), o ingresso no magistério público deve ser feito por concurso de provas e títulos. "Espero que agora, depois dessa confusão, a Secretaria de Educação cumpra a lei e realize concurso público em vez de provinhas que nada provam", afirmou. De acordo com Giannazi, esse caos resultou em prejuízo tanto para alunos, pelo atraso no início do ano letivo, quanto para professores, que nem tiveram tempo de entender essa prova. O deputado disse, ainda, que a prova foi feita precariamente e questionada por erros didáticos. "Concurso público é o instrumento mais sensato para o professor permanecer na rede estadual", insistiu. (MC)



Crise



Davi Zaia (PPS) falou sobre a crise que tem abalado o mundo. "Além dos desempregados, milhares de trabalhadores estão sendo pressionados a fazer acordo para redução da jornada e de salário", disse. Zaia recebeu hoje a informação de que, na cidade de Bebedouro, uma fábrica da Citrosuco está sendo fechada. "Com esse fechamento, 208 trabalhadores perderão o emprego, além do aumento do custo para os pequenos produtores, que terão de levar seus produtos para cidades mais distantes", afirmou. Para o parlamentar, é preciso buscar medidas para compensar essa situação. Para ele, é necessário um combate efetivo dos altos juros cobrados pelos bancos. (MC)



Bancários trabalham no feriado



Além das demissões, Marcos Martins (PT) disse que agora os bancos também estão tentando obrigar os empregados a trabalhar no feriado. Segundo ele, essa situação já vem ocorrendo em Osasco. "Minha solidariedade aos bancários de Osasco por mais esse ataque aos seus direitos", falou. Para Martins, essa exigência desrespeita o feriado aprovado pela Câmara. "A população deve ficar atenta para que os municípios não percam sua autonomia", disse. O parlamentar referiu-se também ao Fórum Paulista de Transporte e Trânsito, que irá discutir o trânsito em Osasco. "Esse encontro é oportuno, já que o trânsito está precário nas cidades", completou. (MC)



Crianças Maltratadas



Bruno Covas (PSDB) saiu contente de audiência realizada hoje na Secretaria de Saúde para debater denúncia de maus-tratos em clínica que trata de altistas. Ele foi procurado pelo padre Ticão, que realiza trabalho na zona leste da capital, que teria dito que muitas pessoas da sua comunidade com filhos altistas internados tiveram de transferir os pacientes para outra clínica. "Todo tipo de violência deve ser proibida", disse Covas. De acordo com ele, o chefe de gabinete da Secretaria de Saúde, Nilson Ferraz, comprometeu-se a visitar a clínica para verificar as denúncias gravíssimas e falou que um novo edital será aberto para que outra clínica possa receber essas crianças. (MC)



Salário injusto dos policiais



Donisete Braga (PT) considera uma injustiça o salário da Polícia Militar do Estado de São Paulo. "Todos nós sabemos do trabalho importante e responsável dos PMs na defesa da população", disse. Braga falou que o salário do policial varia dependendo do número de habitantes do município e não entende porque há essa diferença. "Insisto que o governador mude esse critério injusto estabelecido pelo ex-governador Alckmin", afirmou. O deputado também criticou a Secretaria de Segurança Pública, que, segundo ele, não tinha funcionários para atender a população de Mauá. (MC)



Contramão



Antônio Mentor (PT) lamentou a decisão do governo Serra de aumentar em 10% o preço das passagens do Metrô e dos trens metropolitanos. "Esse reajuste é muito superior ao índice inflacionário no último período", disse. Para o parlamentar, essa atitude irá afetar ainda mais o salário do trabalhador. O governo estadual, segundo Mentor, está na contramão do esforço nacional para emfrentar as crises financeira, de crédito e do consumo. (SM)



Preconceito



Edson Giriboni (PV) falou que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, num programa de televisão, deu demonstrações de preconceito ao afirmar que chegou a vez de o País ter um presidente paulista. Aécio teria dito que o Brasil teve 33 presidentes eleitos e que há 103 anos um paulista não se elege presidente. Na história da República, segundo Giriboni, houve três presidentes paulistas, cinco mineiros, sete gaúchos, sete cariocas e um pernambucano. "Não importa de qual Estado será o novo presidente eleito, o que importa é ser o mais bem preparado para o Brasil", finalizou. (SM)



Reajuste, PAC e demissões



O decreto do governador, que reajustou passagens de ônibus e trens em aproximadamente 10%, "vai penalizar ainda mais a população de São Paulo", comentou Marcos Martins (PT). Ele fez referência a matéria do jornal O Estado de S.Paulo sobre o lançamento do PAC paulista pelo governador José Serra, considerando-o "bem diferente do PAC implantado pelo governo federal". Martins informou que houve uma manifestação dos metalúrgicos do ABC na Volkswagen-Anchieta para protestar contra as demissões no "Dia Nacional de Defesa do Emprego" e lamentou que dois mil trabalhadores do Santander foram demitidos. (SM)



Solução está na prevenção



Ao participar de evento no Corpo de Bombeiros, na Praça Clóvis Beviláqua, Edson Ferrarini (PTB) disse que ouviu do comandante, coronel Manoel Antônio da Silva Araújo, a reclamação de que os policiais perdem 25% do salário se participam de curso de aprimoramento. O assunto, segundo Ferrarini, será levado ao governador, ao chefe da Casa Civil e ao secretário da Segurança Pública para que se encontre uma solução. Outro assunto abordado por Ferrarini foi o combate às drogas que, segundo ele, tem solução com a prevenção. (SM)



Manifestações e ações policiais



Olimpio Gomes (PV) informou a sua participação, na Avenida Paulista, de manifestação da Sabesp e Cetesb, para chamar a atenção da população sobre a onda de demissões que está começando a se desencadear nessas companhias. Olimpio informou que desde o dia 29/1 funcionários da Sabesp têm sido demitidos e que é possível haver comprometimento dos serviços prestados à população. Outro destaque feito pelo parlamentar é que sempre nas ações contra marginais os policiais são considerados culpados. "Infelizmente penaliza-se o bom policial, que está definitivamente cumprindo seu dever". (SM)



PMDB



Uebe Rezeck (PMDB) disse que, apesar de tentarem minimizar a força do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, este continua forte. O parlamentar lembrou que o partido foi dirigido por grandes políticos como Franco Montoro, Orestes Quércia e Antonio Fleury. Segundo Rezeck, as últimas eleições demonstraram a grande força do PMDB, elegendo 69 prefeitos, 68 vice-prefeitos e 700 vereadores em São Paulo. (SM)



Valorização policial



Com relação às transferências de policiais feitas no município de Paraisópolis, Conte Lopes (PTB) destacou a importância das autoridades de segurança pública frente ao assunto. Segundo ele, a polícia tem exercido corretamente seu papel no combate ao crime. O deputado comentou ainda sobre advogados que transmitem ordens de presidiários para infratores em liberdade. "Dessa maneira, os advogados servem ao crime organizado". (NS)



Governos e crise



Maria Lúcia Prandi (PT) traçou um paralelo entre as medidas tomadas pelo atual governo petista de Lula e o anterior, neoliberal de FHC, frente às crises. Segundo a deputada, enquanto Lula aumenta os investimentos do programa de aceleração do crescimento diante da crise financeira mundial, o governo anterior o fazia aumentando impostos. Ao citar os acontecimentos envolvendo o governador José Serra e a Sabesp, Prandi disse que a máquina pública é tratada com desrespeito pelo governador. (NS)

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