Jardim da praia de Santos pode ser tombado

DA ASSESSORIA
15/10/2001 12:12

Compartilhar:


O deputado Edmur Mesquita, vice-líder do PSDB na Assembléia Legislativa, enviou, na última quarta-feira, 10/10, ofício ao presidente do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), José Roberto Melhen, reivindicando a abertura de processo para tombamento do jardim da praia de Santos.

"O pedido é justificável diante do valor paisagístico do jardim, além do valor afetivo para os santistas. São 5.335 metros de extensão e 218.800 metros quadrados de área ao longo da orla, com ampla variedade de árvores, plantas e flores de diversas espécies", disse Edmur. Segundo ele, o objetivo é impedir que no futuro o jardim seja descaracterizado.

O deputado mencionou a influência decisiva da área ajardinada na manutenção do equilíbrio ecológico e no aumento da qualidade de vida. "Além de aprazível aos santistas e visitantes, que relaxam do estresse diário ao caminhar pelas alamedas, o jardim serve de habitat para beija-flores, bem-te-vis, sanhaços, pardais e pombas. É de fato um parque à beira-mar, com 1.746 árvores, cuidadosamente preservadas, e mais 100 espécies de plantas e flores. São características que o credenciaram a ser citado no Guinness, livro dos recordes editado na Inglaterra, como maior jardim frontal de praia do mundo".

O pedido de tombamento do jardim foi feito pelo deputado por iniciativa de Vera Marcondes Suplicy, presidente da União Cívica Feminina, para quem "é a forma de garantir a preservação desta maravilha, verdadeiro cartão de visita e única no mundo em extensão".

Edmur lembra que o jardim foi construído a partir de 1935, durante a gestão do prefeito Aristides Bastos Machado, tendo sido idealizado pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito, que abriu os canais de Santos, outra referência da cidade.

"As obras começaram no trecho da praia do Gonzaga, entre os canais 2 e 3. A primeira etapa do jardim, inaugurada em 1939, ficou sob a responsabilidade do jardineiro checo Carlos Colaris, do Horto Florestal de São Paulo. Nos anos 40 e 50, foram construídas as fontes e os postos de salvamento".

alesp