As colagens de Lúcia Romano:equilíbrio entre poesia e estrutura

Emanuel von Lauenstein Massarani
04/06/2003 15:13

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Ao expressar-se, Lúcia Romano parte ou alcança a determinação de um ideal de recuperação do que a natureza nos oferece, no caso os resíduos de madeira ou de tecidos. Sua invenção é sempre dominada por profunda exigência arquitetônica, musa secreta de seu trabalho artístico.

Na imagem abstrata de suas rosáceas, fruto da colagem de lascas de madeira, de tecidos sobrepostos com desenhos a lápis, tudo reflete um comportamento de ser da realidade, enfim, uma participação racional à vitalidade do mundo que a circunda.

Através da leitura de suas colagens, encontramos um campo de aplicação exemplar, seja pela qualidade, seja pela originalidade. Frente a seus trabalhos temos a sensação de que exercitou um esforço instintivo. Na obra Sem título, doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, existe uma relação perfeitamente equilibrada entre poesia e estrutura, na qual se denota uma criatividade em fase de pleno enriquecimento.

A artista

Lúcia Romano nasceu em São Paulo, em 1970. Formou-se no Curso Superior de Moda na Faculdade Anhembi-Morumbi (1993). Realizou cursos de serigrafia (1994) e de qualificação profissional de design de interiores (1995), ambos pelo Senac de São Paulo. Fez ainda os seguintes cursos: desenvolvimento de desenhos em faiança, com Elizethe Potye (1996); pinturas especiais, folheação em ouro, prata e cobre, no Escritório de Pesquisa e Divulgação da Arte (1997); pinturas Trompe L'Oeil, com Ronaldo Bertaco (1998); pinturas decorativas, na Fundação Armando Álvares Penteado (1999). Participou de workshop de pintura encáustica e iniciou estudos de arte contemporânea no Estúdio Contempoarte, orientada pelo pintor Valdo Bravo (2000).

Participou das seguintes exposições: "Tempo Aberto", no Espaço Cultural Paineiras do Morumbi, São Paulo (2001); 1ª Bienal de Gravura de Santo André, Paço Municipal de Santo André (2001); mostra de arte contemporânea "Assimilações", na Galeria Villaça Bisacchi, São Paulo (2002).

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