Figueira pede apoio para recuperação do Complexo do Carmo


03/05/2006 18:21

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A recuperação do Complexo do Carmo, patrimônio histórico e cultural localizado na praça Barão do Rio Branco, no centro de Santos, motivou o deputado estadual Fausto Figueira (PT) a pedir, por meio de indicações apresentadas na Assembléia, a liberação de verbas e a agilização de autorizações aos governos estadual e federal para as obras propostas pela comunidade do Carmo, representada pelo frei Lino de Oliveira.

"É necessário o imediato apoio dos órgãos de defesa do patrimônio nas esferas estadual e federal para que esse bem cultural seja devidamente preservado com a recuperação não só da estrutura do edifício, mas de todo o mobiliário, altares e revestimentos. Nesse sentido, a liberação de verbas e a agilização de autorização, em especial para a captação de recursos, são fundamentais para que a comunidade atinja seu objetivo", afirmou Figueira.

O complexo é formado pela igreja e pelo convento da Ordem do Carmo, que tiveram sua construção iniciada em 1599, mas só concluída no século XVIII. Segundo notícia publicada no jornal A Tribuna, na edição de 3/5, a comunidade representada pelo frei Lino, responsável pela Ordem do Carmo, está se mobilizando para conseguir a recuperação do complexo religioso. O local é tombado pelos órgãos de defesa nos três níveis de governo: Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Turístico do Estado (Condephaat) e Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa).

A proposta consiste na elaboração de um projeto de restauro com três etapas distintas, desenvolvido de forma voluntária pela arquiteta Adélia Matos. Depois de concluído, o projeto será encaminhado para o Ministério da Cultura, que autoriza a captação de recursos pela Lei Rouanet. A prefeitura pode atuar como parceira neste processo.

O projeto ainda não tem orçamento definido. A primeira fase foi aprovada pelos órgãos de defesa do patrimônio histórico e compreende a recuperação emergencial da fachada e do telhado das duas igrejas e do convento.

De acordo com a reportagem, parte da entrada principal e algumas janelas laterais da igreja da Ordem do Carmo conservam características do período colonial, mas o restante da estrutura foi resultado de intervenções realizadas nos século 18, 19 e 20. Entre os principais pontos do complexo estão as quatro lápides esculpidas em mármore, no final do século 19, no piso em volta de um dos pátios internos do convento e a pia batismal esculpida em pedra existente na fachada da igreja da Ordem Terceira do Carmo, em 1710.

fausto@faustofigueira.com.br

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