A recuperação do Complexo do Carmo, patrimônio histórico e cultural localizado na praça Barão do Rio Branco, no centro de Santos, motivou o deputado estadual Fausto Figueira (PT) a pedir, por meio de indicações apresentadas na Assembléia, a liberação de verbas e a agilização de autorizações aos governos estadual e federal para as obras propostas pela comunidade do Carmo, representada pelo frei Lino de Oliveira. "É necessário o imediato apoio dos órgãos de defesa do patrimônio nas esferas estadual e federal para que esse bem cultural seja devidamente preservado com a recuperação não só da estrutura do edifício, mas de todo o mobiliário, altares e revestimentos. Nesse sentido, a liberação de verbas e a agilização de autorização, em especial para a captação de recursos, são fundamentais para que a comunidade atinja seu objetivo", afirmou Figueira.O complexo é formado pela igreja e pelo convento da Ordem do Carmo, que tiveram sua construção iniciada em 1599, mas só concluída no século XVIII. Segundo notícia publicada no jornal A Tribuna, na edição de 3/5, a comunidade representada pelo frei Lino, responsável pela Ordem do Carmo, está se mobilizando para conseguir a recuperação do complexo religioso. O local é tombado pelos órgãos de defesa nos três níveis de governo: Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Turístico do Estado (Condephaat) e Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa).A proposta consiste na elaboração de um projeto de restauro com três etapas distintas, desenvolvido de forma voluntária pela arquiteta Adélia Matos. Depois de concluído, o projeto será encaminhado para o Ministério da Cultura, que autoriza a captação de recursos pela Lei Rouanet. A prefeitura pode atuar como parceira neste processo.O projeto ainda não tem orçamento definido. A primeira fase foi aprovada pelos órgãos de defesa do patrimônio histórico e compreende a recuperação emergencial da fachada e do telhado das duas igrejas e do convento.De acordo com a reportagem, parte da entrada principal e algumas janelas laterais da igreja da Ordem do Carmo conservam características do período colonial, mas o restante da estrutura foi resultado de intervenções realizadas nos século 18, 19 e 20. Entre os principais pontos do complexo estão as quatro lápides esculpidas em mármore, no final do século 19, no piso em volta de um dos pátios internos do convento e a pia batismal esculpida em pedra existente na fachada da igreja da Ordem Terceira do Carmo, em 1710.fausto@faustofigueira.com.br